O objetivo deste blog é divulgar toda a minha produção poética, sem prejuízo de continuar a ser postada também no Portal de Poesia Rodolfo Pamplona Filho (www.rodolfopamplonafilho.blogspot.com).
A diferença é que, lá, são publicados também textos alheios, em uma interação e comunhão poética, enquanto, aqui, serão divulgados somente textos poéticos (em prosa ou verso) de minha autoria, facilitando o conhecimento da minha reflexão...
Espero que gostem da iniciativa...

domingo, 31 de janeiro de 2016

Nudez


Rodolfo Pamplona Filho

Sabe o que descobri?
Você é o único que
consegue me enxergar...
O amor verdadeiro remove as
membranas que fecham os olhos
e apenas você...
consegue me ver nua...
e que nada mais pode me quebrar...

E me viu nua...
sem tirar uma peça sequer de roupa...
E me viu nua...
sem expor parte alguma de meu corpo...
E me viu nua...
no dia em que olhou em meus olhos...
e viu além de qualquer casca...
E me viu nua...
no dia em que conheceu minha alma
e soube exatamente quem eu era...
e permiti tão íntima ligação
por não carecer de resistência...
por não precisar mais me esconder...
por acreditar em nós...

E eu descubro em você
o que pensei
somente existir em sonhos...
mas sonhos somente são possíveis
se estamos vivos...
sonhos somente existem
se há vida e desejo...
sonhos somente se realizam
na nudez da alma...

São Paulo, 07 de outubro de 2010.


sábado, 30 de janeiro de 2016

Sozinho na Multidão



Rodolfo Pamplona Filho


A pior solidão é
ficar sozinho na multidão,
esperando em pé
um pouco de atenção
de quem compartilha a fé
ou a promessa do coração.

Não sei se é trágico
ou simplesmente irônico,
mas é quase mágico,
diria icônico,
quando sua presença é reclamada,
mas, na verdade, ignorada...

Um dia, eu gritarei
e ouça quem quiser.
Direi tudo que sei
sobre a tristeza que vier:
não há dor maior ou lama
que ser ignorado por quem se ama.

Salvador, 06 de outubro de 2010.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Sempre estarei aqui...


Rodolfo Pamplona Filho



Sempre estarei aqui...
mesmo que nosso futuro seja incerto,
talvez sem ver a chuva cair
ou sem lugar para dormir

Sempre estarei aqui...
mesmo quando tivermos que fugir
e esperar que a vida
possa novamente nos reunir

Sempre estarei aqui...
mesmo que os olhos nunca mais se cruzem
que nossos lábios não se juntem
e que a vida trate de cumprir
o inevitável momento do partir.

Sempre estarei aqui...
mesmo que não receba o seu OK
mesmo que o mundo mude sua lei
mesmo que o destino nos afaste de uma vez...

Sempre estarei aqui...
mesmo quando não haja pôr-do-sol
mesmo quando não vejamos o amanhecer
mesmo quando o mundo me tomar você...

Sempre estarei aqui...
ainda que tudo conspire
para que a gente se separe,
meu amor não quer que acabe...

Sempre estarei aqui...
em toda e qualquer ocasião,
em que possa ter a sua atenção
para me entregar na mais louca sensação...

Sempre estarei aqui...
mesmo que você deixe de me amar...
mesmo que você nunca mais queira me ver...
eu nunca descumprirei a promessa
de viver eternamente para seu prazer.

Salvador, 10 de outubro de 2010.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

La vista más bella de Madrid


Rodolfo Pamplona Filho


Es necesario tener valor
para buscar el propio camino...
Es necesario tener pasión
para seguir ese camino...
Es necesario tener serenidad
para no enloquecer en el camino...

La falta de cariño paternal hace daño,
mas ayuda a endurecer el cuello;
la ausencia de orgullo maternal entristece,
mas ayuda a aprender a tragar en seco...
La soledad provoca la duda donde otrora había la certeza de la elección correcta,
como si hubiera elecciones correctas a hacerse...

Hay muchas variables en la carretera,
que, definitivamente, no es recta.
El camino se hace caminando
- ya decía otro poeta –
mas su construcción maltrata
por no haber una única vía cierta...

No se cogen rosas
sin el riesgo de las espinas;
no se vive libremente
sin el miedo de equivocarse,
mas cada caída es una lección
de como aprender a levantarse.

La roca, con el viento, es pulida.
La arena se hace menos áspera y más lisa.
Mas no deja de ser piedra...
La roca solamente se hace obra de arte...
... por la violencia del escultor
... por la fuerza del martillo y de la garlopa
Y se hace estatua, finalmente,
Mas no deja de ser piedra...»


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

(Re)Início


Rodolfo Pamplona Filho
 



Jamais vou deixar de te sonhar
(im)perfeito quando eu bem quiser
E essa inocência no olhar
Conquistei ao perder o medo em acreditar...

Que tudo se pode
Que tudo se deve
Quando o pensamento comove
E a alma agradece

Talvez não penses em mim assim
Talvez penses como todos os outros,
que, com gestos tolos,
sucumbiram em meus desgostos

Prefiro não acreditar
e que, ao acordar,
eu possa vislumbrar
um sorriso em meu olhar

de prazer,
de temer
que essa magia não se vá
pois eu a quero perpetuar.

Salvador, 10 de setembro de 2010.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Do Riso ao Pranto


Rodolfo Pamplona Filho


Do riso ao pranto,
procuro o meu canto,
onde possa viver,
onde possa chorar,
onde possa ser eu mesmo...
buscando algum lugar aonde eu possa fugir, me sentindo em casa..
buscando algum lugar onde eu possa estar em casa, fugindo do mundo...

Salvador, 05 de outubro de 2010.


Postado por Rodolfo Pamplona Filho às 05:00 2 comentários:

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

É melhor não irmos além disso



Rodolfo Pamplona Filho

É melhor não irmos além disso,
antes que não seja possível
manter nossa sanidade mental.

É melhor não irmos além disso,
antes que os que nos amam
machuquem-se mais do que o normal.

É melhor não irmos além disso,
antes que alguém reaja
com violência animal.

É melhor não irmos além disso,
antes que nosso sofrimento
seja maior que o habitual.

É melhor não irmos além disso,
antes que um lindo romance
vire atração fatal.

É melhor não irmos além disso,
antes que nosso amor casto
torne-se meramente carnal.

É melhor não irmos além disso,
antes que o gosto doce da sua boca
vire amargo fel e sal.

É melhor não irmos além disso,
antes que o que só nos faz bem,
de repente, nos faça só mal...

É melhor não irmos além disso,
pois continuarei te amando sempre,
independentemente de qualquer final.

É melhor não irmos além disso...
É melhor não irmos além disso...

Salvador, 04 de outubro de 2010.


domingo, 24 de janeiro de 2016

Diálogo de um Amor Platônico


Rodolfo Pamplona Filho


Amada...

Desde que você apareceu,
meu mundo mudou
e hoje é fácil enxergar
como eu sou...

A riqueza do nosso beijo
vai além do desejo compreensível e quente
já que, mesmo aparente,
ele não é suficiente...

Não quero pressa
...nem medo e receio
não quero um desvario,
nem loucuras de adolescente

Eu quero que você me veja com sono,
cochilando em seus braços,
e sentir me levar para cama
e me cobrir de abraços

Amada...
renuncie ao que te ensinaram
como um único caminho
e ouça o que tenho a dizer...

Vivamos um amor único
herde o tempo de forma eterna
construa comigo fantasias etéreas
apenas com belezas e suspiros

Não me importo com sexo...
Não quero te pressionar a nada...
Quero apenas a certeza
de que você é meu porto seguro...

Cale-me com seu beijo,
sinta meu cheiro e pense no desejo,
olhe fundo nos meu olhos
e me deite em seu colo

Amado...

Encontrar você foi um presente
que a vida reservou de forma surpreendente
para trazer luz ao que estava apagado,
para trazer poesia ao que estava fechado

Um beijo é somente um marco
do início de uma história,
que não precisa ser um parto
de uma apressada vitória.

Eu também não quero pressa,
não quero quebrar o que é mágico...
Prefiro a delicadeza da promessa
do que forçar algo e ser trágico.

Quero ter sono ao seu lado
e, simplesmente, dormir,
para ter a beleza do cuidado
e não deixar o outro partir...

Amado...
Renuncio a tudo que aprendi
e não quero qualquer contato,
se isso importar em nos cindir.

Viverei, sim, este amor único,
sem necessidade de carnalizar,
herdando este tempo lúdico
de fantasiar e somente suspirar...

Também não me importo com sexo
e não me frustrarei em viver assim,
pois ser o seu porto é o meu nexo
de viver em um ritmo afim...

Prefiro sentir seu cheiro e ouvir sua voz
a calá-lo somente com um beijo.
Prefiro nunca mais viver só,
pois meu colo é seu travesseiro.

Salvador, 3 de outubro de 2010.

sábado, 23 de janeiro de 2016

A Angústia do Silêncio


Rodolfo Pamplona Filho


O silêncio é terrível
pois significa tudo
e, ao mesmo tempo, nada,
como uma esfinge a decifrar...

Quero te ver várias vezes
e aproveitar toda oportunidade
em que isso possa ocorrer,
ainda que seja raro...

pois raro é o sentimento
que une duas almas gêmeas,
que nada tem a ver uma com a outra,
mas são iguais no coração.

A vida está em nosso desejo,
que não é necessariamente físico,
mas que estará sempre conosco
onde quer que estejamos.

Eu me contentarei somente
com a lembrança de um beijo,
como prova de que não quero só a casca,
embora ela também seja adorável.

“Posso te ver agora?”
é a pergunta mais feita
nos tempos de segredo
e nos momentos de aperto

A angústia da espera
torna o tempo por inteiro:
segundos parecem dias,
minutos são um desespero...

e toda essa ânsia
e toda esperança
sempre será um queimor
para alimentar tamanho amor

Salvador, 3 de outubro de 2010.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Acordando


Rodolfo Pamplona Filho


Acordar e ter você ao lado
é a mais perfeita visão
que fascina meu coração

Sentir seu corpo próximo
e o meu entregue
a essa nova ilusão

Estar completamente indefesa
e deixar que você descubra
o prazer de minhas incertezas

E no capricho de suas mãos,
o tempo pára, o segundo aguarda
...o desejo transpassa

E o desvendar da espera
culmina no seu corpo suado
no abraço apertado
e no sono prolongado...

Salvador, 3 de outubro de 2010.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Confissão


Rodolfo Pamplona Filho


Meu corpo treme
Minha voz geme
Minha mente teme
que você não me alimente

Preciso de você
Tenho medo de perder
Tenho fé no anoitecer
para sonhar com prazer

E nos meus sonhos mais loucos,
você se mostra como poucos,
abraçando-me com segurança.
confiando-me suas lembranças

Tenho sede pelo contato
Tenho fome pelo abraço
Tenho desejo pelo cansaço
de uma noite nos seus braços

Não sei mais o que faço
Só sei que o que passo
atinge tudo que penso
aos devaneios mais extensos.

Você é minha companhia perfeita
que mistura amor e poesia
que me leva em toda fantasia
que não mitigará um dia

Confesso que vivi solto
Confesso que vivi louco
até o dia em que encontrei o calor
nos lábios de meu essencial amor

Confesso que somente quero viver
da forma que a gente puder e quiser
para estar ao seu lado eternamente
e nunca mais ser só novamente...

Salvador, 3 de outubro de 2010.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Fases e Faces da Vida


Rodolfo Pamplona Filho


Já passei por
diversas fases
em minha vida
e, por isso,
sempre corro riscos
de ser conhecido
ou estigmatizado
ou julgado
por valores que
nem mais cultivo
ou assumo
ou desejo...

Já passei por
diversas faces
em minha vida
e, por isso,
sempre corro riscos
de ser confundido
ou interpretado
ou condenado
por atos que
nem mais acredito
ou realizo
ou me orgulho...

Fases e Faces da Vida

Salvador, 3 de outubro de 2010.


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O Beijo


Rodolfo Pamplona Filho


O beijo é o marco
O beijo é um arco
que lança a flecha
que abre a brecha
de um coração que se quer entregar
para não ter medo de voltar a amar...

Poesia...
é a palavra que mais se assemelha
ao toque dos meus lábios nos seus...
sem pressa....
com cuidado...
com vontade...

Beijar...
Fez-me esquecer, por instantes,
qualquer papel social...
Tudo sumiu do meu pensamento e
nada me restou

Olhar...
o seu não me nega amor:
promete-me sonhos loucos
e me leva na bagagem
pra onde quer que você for...

Amar...
perco-me na fantasia
de uma vida eterna ao seu lado
....eu tenho muito a te dar:
vontade
desejo
motivos...

Sinto nosso amor consolidado
no beijo casto
no momento raro
que fez o mundo parar
que nos fez voltar a viver...

Salvador, 02 de outubro de 2010.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Consolo


Rodolfo Pamplona Filho



Hoje queria dormir no seu colo,
ouvindo o barulho do mar...
Mas a única coisa que me espera
é minha cama, uma aspirina e o protetor auricular......

San Francisco, 25 de setembro de 2010.


domingo, 17 de janeiro de 2016

A Essência de Ser Professor


Rodolfo Pamplona Filho


O magistério é a parábola do semeador...
Nós não desperdiçamos sementes...
Nós apostamos que uma delas germinará...

O magistério é a consciência plena
de que se tem o futuro de alguém
em suas mãos e em seus ensinamentos...

O magistério é o sacerdócio verdadeiro
de se entregar a uma missão, com alma de criança,
mesmo quando os outros não têm sequer esperança...

E se, ao menos, um aluno,
um único aluno simplesmente,
sentir-se desta forma,
já terá valido a pena todo sacrifício...

Salvador, 15 de outubro de 2010.


sábado, 16 de janeiro de 2016

Prece de um Coração Solitário


Rodolfo Pamplona Filho



Oh, Deus, Destinatário
do meu louvor,
guarda o meu amor,
que está longe do meu olhar,
mas dentro do meu coração.

Oh, Deus, Senhor
de todo sentimento,
faça que, neste momento,
de saudade infinita,
eu sinta a sua presença
acalentando esta ausência
que gera tanta angústia...

Oh, Deus, Soberano
de toda a vida,
protege o meu amado
por onde quer que esteja
e traga-o de volta em dois passos
para descansar em meu colo
e se entregar aos meus braços.

Amém!

San Francisco, 30 de setembro de 2010.



sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A Perda da Inocência II


Rodolfo Pamplona Filho


Hoje, eu matei uma criança...
atirei, à queima-roupa, sem dó, nem piedade
no seu corpo de inocência, uma bala de realidade
no seu coração de pureza, uma facada da verdade

Dos seus sonhos, fiz escárnio
Dos seus planos, fiz ridículo
E rasguei sua esperança como papel de embrulho

Arranquei os seus olhos
Cortei sua garganta
E calei sua voz como uma vela que se apaga

Uma mente violentada
Um desejo reprimido
Um brinquedo destruído,
essa criança não existe?

Não é fênix, pois não renasce das cinzas
Não é Deus, pois não acreditam nela
Não é Mito, pois, de algum modo existiu.

Essa criança...
Essa criança...
Essa criança sou eu!

(20.01.92)


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Conhecendo Pamplona


Rodolfo Pamplona Filho

Conhecer Pamplona
foi uma sensação indescritível
Senti-me voltando ao berço,
para conhecer o começo
de tudo que sou
ou que, um dia, quis ser...
Vim tomar a benção
para conseguir tomar a decisão
e, mais do que isso, implementá-la,
sabendo, finalmente, o que vou fazer
com o resto da minha vida...
Quero apenas viver...

Pamplona, 03 de outubro de 2012.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Pants dry, trees die


Rodolfo Pamplona Filho


People live without thinking
‘cause thinking isn’t a life’s condition.
Why do we have to live
as the world won’t survive
after we perish?

Why do we have to use
all the water that we have acess?
Why do we have to use
all the light that we produce?
Why do we have to use
paper that destroys a florest?

Pants dry, trees die...
Better fight for a clean Sky...
There’s no way to get out
when life wants to shout!

San Francisco, 29 de setembro de 2010.
Postado por Rodolfo Pamplona Filho às 05:00 8 comentários:
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Desejo...


Rodolfo Pamplona Filho

Quero sorrir!
Quero ver você vir!
Quero ter você e sentir!
Quero amar você e dormir...
...quero sumir?
...quero sumir...
...somente enquanto você não está aqui!

Salvador, 06 de dezembro de 2010


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Poliamorismo


Rodolfo Pamplona Filho


Por que não se pode
amar mais de uma pessoa
ao mesmo tempo?
Por que o ato de amar
exige uma exclusividade artificial,
como se o coração pudesse
ser controlado como
um bicho de estimação?

Para alguém ser completo,
é possível que haja mais de uma peça
para formar um todo,
que não é um quebra-cabeça,
mas, sim, um complexo prisma,
cujas faces são complementares,
não havendo verdade ou mentira,
pois tudo dependerá do ângulo que se mira...

Eu quero amar você eternamente,
mas não quero deixar de amar ninguém...
Eu quero ficar com você o resto da vida,
mas isso não significa viver só a dois...
Meu amor não é uma cabine simples,
com apenas dois lugares:
é um mar com vários ecossistemas,
uma galáxia com diversas estrelas...

Eu não quero a clandestinidade
de viver um amor marginal...
Quero uma relação de maturidade
em que haja entrega total,
sem a ilusão da única cara metade,
vivendo o múltiplo afeto da vida real.

San Francisco, 28 de setembro de 2010.


domingo, 10 de janeiro de 2016

Incertezas


Rodolfo Pamplona Filho




Será que a nossa poesia algum dia cessará?
Será que o amor mais puro já vivido terminará?
Arrepio-me só de cogitar
a possibilidade disso se realizar...

Incertezas quanto ao futuro
Insegurança com o presente
Tristeza ao lembrar o passado
e quanto tempo perdemos
em caminhos que insistiam
em não se cruzar...

Meu maior medo não é
deixar de te amar,
pois isso jamais ocorrerá...
Minha ansiedade é perder
o desejo, o amasso,
o frio na barriga
pelo contato de um abraço...

Temo...
Tremo...
Choro...
Morro...

Mas sigo na esperança
de que o que é eterno
nunca se apaga...

San Francisco, 28 de setembro de 2010.