segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Soneto do Dublê de Corpo


Soneto do Dublê de Corpo

Rodolfo Pamplona Filho

Deito e abraço um corpo
que, por certo, não é o seu,
mas que imagino ser
para não entristecer...

É o consolo por não ter
o alguém só meu,
para quem queria viver
e, junto, envelhecer...

E, assim, vou sobrevivendo,
desejando e querendo
preencher este vazio...

Cultivando a esperança
de que, na minha ultima dança,
eu não esteja tão sozinho...

Salvador, 04 de abril de 2011.

2 comentários:

  1. Os seus textos são verdadeiros convites a mergulhas nos cenários tão belamente descritos! Forte abraço, Flavinha

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    1. Oi, Flavinha!
      Fico feliz que você ache isto!
      Seja bem-vinda sempre ao blog!
      Beijos,
      RPF

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