sexta-feira, 10 de maio de 2013
Dezoito anos
Dezoito anos
Rodolfo Pamplona Filho
Dezoito anos não são dezoito dias,
muito menos dezoito meses...
Não há espaço para conversas vazias,
Nem para tentar mais outras vezes.
É o tempo de toda uma vida,
que passa em um segundo,
como o piscar de olhos de um suicida,
que, em um breve momento, vê todo o mundo...
Em dezoito anos, não há mais canto do corpo a descobrir,
nem desculpa barata a se inventar,
nem máscara alguma que se possa vestir
ou caminho novo a se trilhar...
Amigos vêm e vão...
Repensa-se o Bem e o Mal...
A morte não é mais uma idéia,
mas, sim, uma visita habitual...
Neste intervalo, muita coisa vai acontecer:
o peso mudar, o cabelo embraquecer,
só não muda a sorte de escolher
alguém para junto envelhecer...
Onde você espera estar daqui a dezoito anos?
Eu não sei quais serão meus passos...
Talvez seja muito tempo para fazer planos,
só sei que quero estar em seus braços...
Salvador, 10 de maio de 2010 (aniversário de 18 anos de namoro)
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