sexta-feira, 14 de junho de 2013

Soneto da Mão Boba


Soneto da Mão Boba

Rodolfo Pamplona Filho

Quero esquecer minha mão
no toque de seu corpo
e ter a gostosa sensação
de que não estou morto

Fazer de conta que não percebe
que o contato, mesmo breve,
permite viajar, ainda que sozinho,
que se está trocando carinho.

É uma travessura amena,
não havendo qualquer problema
que você cole em meu fundo.

Então, pare com papagaiada:
Que mão boba, que nada!
É a melhor coisa do mundo!

No vôo de Salvador
para Imperatriz-MA (via Brasília),
09 de novembro de 2011.

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