quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A Angústia como Companheira



Rodolfo Pamplona Filho

Ter a angústia como companheira
 é viver mais das faltas
 do que das presenças

Ter a angústia como companheira
 é acreditar mais na previsão do tempo
 do que no céu lá fora

Ter a angústia como companheira
 é perder a alegria e a vibração,
 por causa do que não pode ser mudado

Ter a angústia como companheira
 é não experimentar por medo
 do que pode sentir...

Ter a angústia como companheira
 é querer viver em outro mundo
 em vez de reconstruí-lo pouco a pouco.

Ter a angústia como companheira
 é não aproveitar o tempo que resta
 enquanto se espera pelo inevitável fim.

No avião para Brasília, em conexão para Vitória, 21 de agosto de 2015

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