segunda-feira, 20 de maio de 2019
Débito Conjugal
Cansei de pedir
e você não me dar...
Não consigo mais
me humilhar e mendigar
por algo que também
deveria nos trazer prazer,
mas que soa como
um favor feito por você!
Isto não é um capricho
ou mera concupiscência:
é necessidade física como
comer, beber e dormir,
mas há uma diferença abissal
entre vinho e camarão
e refrigerante e feijão...
Sexo não é solução de problemas,
nem paliativo para superar discussões;
não é instrumento para chantagem,
nem mero extravasar de emoções...
É conseqüência natural
de uma relação bem ajustada,
em que proporcionar satisfação
flui livre e da forma desejada.
Você sabe o que quero...
Você sabe o que quero fazer...
Você sabe o que quero para fazer...
E tudo apenas para ser feliz...
Então, por que insiste nesta postura,
que não mais funciona nesta altura
e abre ferida que não cura,
marcando-me com uma cicatriz...
Débito conjugal
Dever especial
Greve sexual
Conflito sem final
Salvador, 22 de agosto de 2010
Esse blog também é maravilhoso, Rodolfo!!!! Adorei!!!!!!!
ResponderExcluirAchei esse poema bem forte, mas a parte que eu mais curti foi essa:
Você sabe o que quero...
Você sabe o que quero fazer...
Você sabe o que quero para fazer...
E tudo apenas para ser feliz...
Ela é a parte mas interessante do poema, porque sexo é isso, é desejo, vida, não deve ser obrigação!! Sexo não se cobra, não se obriga, deve nascer espontâneamente, entre pessoas que queiram se conhecer mais profundamente e ter prazer juntas. Parabéns, beijos,
Lia.
Oi, Lia!
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado! Obrigado!
O tema é realmente muito importante e tem sido objeto de reflexão constante na doutrina familiarista!
Confira lá!
Bjs,
RPF