segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Trocando a Palavra pela Carne (soneto)




 Aqui estou, enfrentando o presente,

refletindo sobre o querer,

mas desejando ardentemente

que eu não precisasse escrever,


mas, sim, que a palavra fosse o beijo

e a vírgula virasse um abraço,

não havendo ponto no desejo,

sendo as reticências o nosso laço...


De todas as palavras, eu abriria mão

pela possibilidade da penetração,

passando essa noite imensa em você


mergulhando em seu cheiro,

no seu gosto, nos seus pêlos,

para uma paixão na carne viver.


Salvador, 08 de dezembro de 2011.

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