quarta-feira, 19 de março de 2025

Soneto da Compreensão






O que custa, sinceramente,


olhar com os olhos dos outros,


sentir a apreensão alheia


e dividir as dores vividas?




Custa o inestimável preço


da coragem de sair do casulo,


descobrir um novo mundo,


saber existir algo oculto.




Eu quero beleza do riso inesperado,


da lágrima e choro compartilhado,


da solidariedade sem explicação.




Viver de verdade é não ser algoz:


nada é de pedra entre nós,


salvo a indestrutível compreensão.




Salvador, 11 de outubro de 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário