O objetivo deste blog é divulgar toda a minha produção poética, sem prejuízo de continuar a ser postada também no Portal de Poesia Rodolfo Pamplona Filho (www.rodolfopamplonafilho.blogspot.com).
A diferença é que, lá, são publicados também textos alheios, em uma interação e comunhão poética, enquanto, aqui, serão divulgados somente textos poéticos (em prosa ou verso) de minha autoria, facilitando o conhecimento da minha reflexão...
Espero que gostem da iniciativa...

terça-feira, 30 de abril de 2013

Soneto de Filipenses 4, 13


Soneto de Filipenses 4, 13

Rodolfo Pamplona Filho

Sou tão fraco como qualquer mortal:
velho, pobre, doente, só...
Mas há uma força tal
que rompe o mais forte nó!

É o sopro que viabiliza a vida...
É a essência do que é amado...
É o resultado de toda lida...
É a fé que anima o aprendizado...

Tolo é o que ingenuamente pensa
que pode se livrar da dor tensa
como se fosse recompensa...

Tudo posso sobreviver Naquele
que não cede, nem esmorece
e que verdadeiramente fortalece...

Salvador, 28 de agosto de 2011.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

JUCINÉIA


JUCINÉIA

Rodolfo Pamplona Filho

Já se vai algum tempo em que
Um ser especial, em nossa vida,
Conquistou nosso coração,
Indo além de qualquer expectativa.
Na construção de um lar
É preciso mais do que um teto
Impossível não amar
A lealdade que virou afeto

Salvador, 07 de agosto de 2011.

domingo, 28 de abril de 2013

Para Sempre em Ar...


Para Sempre em Ar...

Rodolfo Pamplona Filho

Quem disse que
a gente tem
de brigar?
Por que algo
tão lindo
tem de quebrar?
Por que
o para sempre
tem de acabar?
É claro que
o tempo faz
tudo mudar!
Mas transformar
não significa
piorar....
pode ser evoluir...
pode ser fortalecer...
pode ser um novo lugar,
que, como um novo lufar,
renova o respirar
e, para sempre, continuará
a encantar...
a provocar...
a reaprender a amar...

Praia do Forte, 29 de agosto de 2011.

sábado, 27 de abril de 2013

Rimas e Versos Livres



Rimas e Versos Livres

Rodolfo Pamplona Filho

Gosto de buscar rima,
embora, quem não as prefira,
possa ter a cisma
ou mesmo a ira
de querer usar somente
livres palavras soltas,
como se, de repente,
não houvesse rimas loucas.

Quem disse que
as palavras dadas
teriam de ser
amarradas?
A estrofe da rima,
quando bem construída,
é tão boa quanto
o verso da vida.

Mas há quem resista
e só veja, enfim,
uma palavra ligada
na outra, sem fim,
como se fosse um esquema
ou um campo deserto,
como se o poema
já fosse completo...

Quem disse que existe
uma única forma triste
de buscar um termo certo
ou de conjugar um verbo?
E quem disse veementemente
que vogais e consoantes
pertencem necessariamente
a um só alguém todo instante?

Respeito o seu gosto,
mas lamento,
pois o que, para você,
é um tormento,
para mim, sem pena,
seria um lindo poema,
sem vãs ilusões
de outras conjugações.

Por isso, ver é triste
que você insiste,
que seu verbo, nesse genitivo,
é sempre intransitivo:
palavra que exige outra
não serve à sua boca.

Entendo e respeito.
Não forço o conceito
nem regras gramaticais,
sem a autorização
ou as metáforas reais
da licença da canção.

Por isso, nossa expressão
será somente verbal,
sem qualquer inovação
ou rima não tradicional,
mesmo sabendo que poetizar
é maior que o prazer de rimar.

Salvador, 23 de agosto de 2011.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Ciudad Real


Ciudad Real
Rodolfo Pamplona Filho

Em Ciudad Real, se reuniu
um grupo como há muito não se viu,
cada um de um lugar diferente,
formando um todo de boa gente.

A maior figura, sem espanto,
É o decano Cláudio, do Espírito Santo,
que não tem problema em descer o pau
em FHC e seu projeto neo-liberal.

Da Paraíba, vem, com alegria,
o vice-decano processualista Ubiratan,
que só não ganha na simpatia
da Sofia, que é a campeã.

Mateus vem de Fortaleza
e é a criatura mais gente boa do mundo!
Divertido e companheiro, com certeza,
É a alegria do grupo e da galera do fundo.

Do Rio Grande do Sul, veio a Patrícia
Cujos olhos e sorriso são uma carícia.
Como alguém tão bonita pode ser tão legal?
Adotei-a como “brother” com amor fraternal...

A querida Anne vem de Alagoas
E, sem dúvida, é uma pessoa adorável,
parceira de risadas das boas,
de ginástica e de uma viagem agradável.

A doce Lizziane vem de Santa Catarina
E trazer uma visão positiva é sua sina.
Virou nossa Miguelita Hacker brilhante,
Minha amiga atleta, meu grilo falante...

A estudiosa Suzy vem de Tocantins
e vive com saudade do “namorido”
Quer aproveitar o curso ao máximo
Para voltar logo ao seu querido...

De Mato Grosso do Sul, descobrimos Fátima,
a colega que conhece tudo da Europa
Sempre com uma dica muito prática,
É a mais viajada e viajante da tropa.

Da capital do Brasil, veio Rossifran,
o colega que mais gosta de Madrid,
animado, atencioso e solidário,
parece ter nascido para viver aqui.

E que figura é o Márcio Granconato?
Com sua maneira de falar sério o que seria gaiato
Taí um companheiro legal da terra da garoa,
que, apesar de corinthiano, é muito gente boa!

De Dianópolis, lá no meio do infinito,
vem meu amigo fashion Márcio Brito,
Perspicaz, sincero e bonito,
É um paraibano tocantinense do agito.

O Rio de Janeiro montou uma embaixada
Sem dúvida, pela Gláucia liderada,
Nossa tradutora oficial de espanhol,
Uma amiga na chuva ou no sol.

Criatura cool é o Otávio Calvet,
Outro ilustre membro deste comitê,
Topa tudo e tudo vê
Somente para a Nina e a Nanda rever

Completa o trio a linda Roberta
Que vi num nocaute involuntário no trem,
Uma mulher inteligente, de mente aberta,
Que encanta por ser uma pessoa do bem.

E esta turma conta com um membro honorário fiel,
que é o meu anjo da guarda Manoel,
o cearense do Maranhão que mora no Piauí,
que conquista a todos com seu jeito “estamos aí”.

Outro agregado pelo coração
É o sempre presente Mestre Aloísio,
Alguém que participa de tudo com atenção
E que ensina a todos com seu juízo...

E o que dizer, de verdade,
da Mercedes e seu jeito “delicado”?
Foi assim, sem querer e sem vontade
entrando, de coração, em nosso quadro.

Toda a turma é comandada pelo Baylos Grau,
Que é a cara do Nuno Leal Maia
E tem no amigo Paco seu parceiro ideal,
para que o curso não morra na praia...

Espero encontrar todos ano que vem
Para dar um abraço a quem só quero bem
Definitivamente, partir agora é uma maldade...
pois, de Ciudad Real, somente levo saudade...

Ciudad Real, 30 de setembro de 2008

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Escravo do Amor


Escravo do Amor


Letra e Música: Rodolfo Pamplona Filho

Preparar o meu banho com seu suor.
Regar minhas plantas com suas caricias.
Destilar meu wisky com sua saliva.
Fazer dos seus ossos a minha delícia....

Construir sonhos com palavras,
convertendo-as em sonetos ou canções.
Hoje, não olho mais minhas amarras,
pois apaixonados reclamam jamais!!!

REFRÃO
Escravo do Olhar, Escravo do Tocar
Escravo do Calor, Escravo do Amor
A liberdade só é de verdade
quando se entrega sem pudor!!!

Meu visual está a seu agrado?
Espero que sim: é só para você!
Nada desejo, senão seu abraço
ou, na sua alma, para sempre viver...

Cantarei somente o que a você agradar,
reinventando tudo que já foi dito...
Eu quero somente viver para amar
a musa que aceita tudo que acredito...  

REFRÃO
Escravo do Olhar, Escravo do Tocar
Escravo do Calor, Escravo do Amor
A liberdade só é de verdade
quando se entrega sem pudor!!!

Escravos, nós dois,
da única coisa que liberta....
Amar assim, sem receita,
sem cobrança e sem medida...

REFRÃO
Escravo do Olhar, Escravo do Tocar
Escravo do Calor, Escravo do Amor
A liberdade só é de verdade
quando se entrega sem pudor!!!

Salvador, 14 de agosto de 2011.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Casa Nova


Casa Nova

Rodolfo Pamplona Filho

Como é bom realizar
o desejo de encontrar
um teto para cobrir
e um espaço para permitir
desenvolver o potencial
e descansar, ao final,
depois de um dia de luta
ou de uma vida de labuta.
Alcançar o objetivo
traçado no passado
e, enfim, descobrir
um lugar para onde ir,
para poder chamar
de seu canto ou seu lar.
Tudo isso vem à mente,
quando, finalmente,
o projeto vira realidade,
o transtorno, serenidade,
e se vence a desafiadora prova
de conseguir uma casa nova.

Salvador, 14 de agosto de 2011.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Soneto do Amor na Maturidade


Soneto do Amor na Maturidade

Rodolfo Pamplona Filho

Sorte da pessoa,
que encontra, na boa,
a incrível oportunidade
de um amor na maturidade.

Não é qualquer ser
que pode se orgulhar
de finalmente conhecer
a alegria no compartilhar

sonhos, a mesa,
a cama e o afeto!
É mais do que certo:

é a linda certeza
de que, em qualquer idade,
se encontra a felicidade.

Salvador, 14 de agosto de 2011.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Soneto do Assédio Sexual


Soneto do Assédio Sexual

Rodolfo Pamplona Filho

Exigir o que não se deve vender.
Tomar o outro como objeto oculto
Deslumbrar-se com o poder.
Sentir-se dono do corpo do outro.

Usar o sexo como manobra.
Manipular sentimentos.
Chantagear sem pudor ou hora
até consumar o seu intento.

Valer-se da sua posição,
não se importando com a opinião.
Na verdade, não ligar para nada.

Desprezar o sentimento alheio.
Pensar que o mundo é seu plano
Tornar-se um insaciável tirano.

Salvador, 14 de agosto de 2011.


domingo, 21 de abril de 2013

Racionar para Raciocinar


Racionar para Raciocinar

Rodolfo Pamplona Filho

No conflito da razão
com a mais pura emoção,
nem sempre se pode fazer
aquilo que manda o querer.

Limitar o toque e o contato
Conter a palavra e o tesão
Sofrer a angústia, de fato,
é chorar de sofreguidão

No debate entre a vontade
e a dureza da realidade,
é preciso ter coragem
para superar a viagem

de finalmente materializar
o que se está a desejar,
como se não houvesse salvação,
com toda a força do coração.

O alvo, a meta, o plano
exigem o esforço sobrehumano
de aprender a se controlar
e de racionar para racionalizar.

Salvador, 07 de agosto de 2011.

sábado, 20 de abril de 2013

Soneto de todos os Lados


Soneto de todos os Lados

Rodolfo Pamplona Filho

Para cada laço,
sinto dar novo passo,
pois, para onde olho,
eu realmente me consolo

já que vejo intenso
que quero todos seus lados:
do mais sério e denso
ao mais leve e engraçado;

do mais lírico e poético
ao mais gostoso e safado;
do mais maduro e ponderado

ao mais adolescente e revoltado...
Quero te ter por todos os lados
e nunca mais me sentir abandonado.

Salvador, 14 de agosto de 2011.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Soneto de todos os Beijos


Soneto de todos os Beijos

Rodolfo Pamplona Filho

Perdoe-me se assusto,
por ser tão atirado...
Releve o meu impulso
de querer estar ao seu lado

sentindo o seu corpo
explodindo de prazer,
até eu ficar completamente louco
e não saber mais o que fazer...

Como é bom saber
que você quer ter
todos os beijos que eu possa dar...

Como é bom ter
alguém que quer saber
como são os beijos que quero dar...

Salvador, 10 de agosto de 2011.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O dia está só começando!


O dia está só começando!

Rodolfo Pamplona Filho

O dia está só começando!
A vida renasce no amanhecer...
O dia está só começando!
A esperança renova no florescer...
Não importa se faz sol
Não importa se faz chuva
O que interessa é que
a noite foi deixada de lado
e, com ela,
toda a incerteza do passado...
O hoje é a vitória
do sonho sobre o pesadelo,
do projeto sobre o desespero,
da saudade sobre a solidão
e da luz sobre a escuridão.
Por isso, toda vez que pensar
que a energia está acabando,
lembre-se que, a cada novo raiar,
o dia está só começando!

Salvador, 06 de agosto de 2011.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Complexo


Complexo

Rodolfo Pamplona Filho

É difícil lidar
com quem vive
um complexo,
que supera seu ego
e absorve toda sua atenção.
O complexo é
uma memória afetiva
que, como um imã,
atrai todos os sentimentos
que possuam a mesma matriz.
Aí, tudo vem à tona,
como se voltasse a viver
tudo aquilo que fez sofrer,
pois, no inconsciente,
 o tempo não passa,
vivendo-se o eterno presente...
Todo mundo tem complexos
e isto, por si só,
não é algo ruim...
O perigo é ter só um
ou alguns poucos e fortes,
que, quando explodem,
tomam o indivíduo
de forma tão arrebatadora,
que não espaço
para qualquer outro papo,
já que não se admite dialogo,
virando conversa de surdos,
sem linguagem de libras,
pois o complexado
é monotemático,
obcecado e compulsivo.
Por isso, cuidado
quando um fato
trouxer à lembrança
uma imagem que ficou de herança,
pois pode ser um sinal
de que algo vai mal
em sua saúde mental...
O bom é ter, para ser honesto,
uma coleção de complexos,
que anulem reciprocamente
toda a energia latente...
Talvez assim
seja possível, enfim,
sobreviver finalmente
às armadilhas da própria mente.

Salvador, 29 de julho de 2011.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Perversidade


Perversidade

Rodolfo Pamplona Filho

O perverso é tão mau,
que nem sente o que faz,
quando exercita sua prática
de espezinhar a vida alheia.
Por vezes, alegando uma humildade,
que, definitivamente, não tem,
comporta-se como
a palmatória do universo,
abrindo sua boca suja
como uma trombeta do apocalipse.
Sua atividade favorita
é destilar o seu veneno
em resenhas intermináveis
em rodas de escarnecedores.
Seu sentimento predileto
é a sensação de satisfação,
ao constatar o quão repleto
é o seu repertório de manipulação.
E, quando contrariado,
reage com uma fúria
digna de um animal selvagem,
que se vê acuado em uma armadilha
ou - pior! - pôe-se como vítima
de uma sistema de hipocrisia,
que supostamente puniria
quem tem efetiva coragem
de falar a verdade...
E talvez isso seja real,
mas não da forma como se coloca,
pois o prestígio que angaria
é fruto de seus próprios sofismas,
ou seja, uma forma conveniente
de expor suas mentiras
através de premissas existentes.
E o mais estranho disso tudo
é que ele se acha o injustiçado,
como se, na realidade,
estivesse prestando um serviço
a toda a comunidade,
e não somente
ao seu ego gigante e doente.
Tudo tem o seu fim:
não há mal que se eternize,
nem bem que dure para sempre!
Todavia, parece haver uma exceção
sem que haja qualquer contestação:
por mais que evolua a humanidade,
não há limites para perversidade!

Salvador, 20 de julho de 2011.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Soneto das Raízes Voadoras (para Debora Noal)


Soneto das Raízes Voadoras (para Debora Noal)

Rodolfo Pamplona Filho

Asas para voar
Raízes para voltar,
mas voadoras para levar
para qualquer lugar

Há muita gente no mundo
que está andando aí sem parar,
mas não percebeu o absurdo
de que viva não está...

Tudo que eu não posso carregar
não me pertence de verdade
mas tudo que eu posso dar

pode ser tão impactante
pois, para quem nunca sentiu amar,
um abraço é muito mais importante.

No vôo de Salvador
para Imperatriz-MA (via Brasília),
09 de novembro de 2011.

domingo, 14 de abril de 2013

Regime


Regime

Rodolfo Pamplona Filho

Disciplina.
Sofrimento.
Sua sina
é seu intento.
Luta diária
com a balança:
Sentir-se um pária
em plena dança....

Determinação.
Desespero.
Auto-Flagelação.
Destempero.
Comemorar
cada perda como vitória
Chorar
cada ganho como escória.

Assumir a necessidade
de encarar um regime
é enfrentar a possibilidade
de se sentir praticando um crime...
é nunca tirar da mente
a sua almejada meta:
Tudo por causa somente
de uma bendita dieta!

Salvador, 14 de julho de 2011.

sábado, 13 de abril de 2013

Amigo-Irmão


Amigo-Irmão
Rodolfo Pamplona Filho

Há lindos afetos que, da vida, se colhe:
pais e filhos, espontânea paixão!
Mas há uma família que se escolhe:
é a eleita pelo coração!

Quando a tristeza assalta
ou a grana está curta;
quando se perde a pauta
ou o chefe surta;

quando se teme o futuro
ou ninguém estiver lá;
do seu lado, eu asseguro,
seu amigo, firme estará...

Amizade é como fé: um laço
mais forte que sangue e nação!
Alguém que não recusa um abraço
e se reconhece sincero como irmão!

Para que serve um amigo sincero?
Coisas que não se faz mais ninguém!
Compartilhar um desejo secreto
ou contar que se gosta de alguém!

Com amigo, toma-se porre junto,
nem que seja de coca-cola...
Com amigo, não há segredo de assunto,
seja casa, trabalho, amor ou escola!

Por isso, divide-se a saudade,
a alegria, a tristeza e os medos.
Amigos são pouco e, de verdade,
em uma mão, sobram dedos...

Aeroporto de Fortaleza, madrugada de 17 de agosto de 2010,
para Pablo Stolze Gagliano

sexta-feira, 12 de abril de 2013

DIA DE POESIA


DIA DE POESIA

Rodolfo Pamplona Filho

Hoje é Dia de Poesia.
Eu quero ver todos poetizando.
Eu não quero trabalhar!
Eu não quero estudar!
Eu não quero ser uma pessoa séria!

O juiz não julgará!
O professor não ensinará!
O juiz vai poetizar!
O professor vai poetizar!
Eu realmente quero viver!

Apenas a poesia faz a vida valer a pena...

Salvador, 25 de julho de 2011.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Descobrindo a Poesia (aos 3 anos)


Descobrindo a Poesia (aos 3 anos)

Rodolfo Pamplona Filho

Bom é superar a trava
de descobrir bem cedo
o prazer da palavra
escolhida a dedo!
Eu amo o amor!
Logo, o amor me ama!
Esta é a lógica, sem pudor,
de quem mal levantou da cama!
Poucas coisas provocam tanto
o seu jovem instinto
do que procurar em todo canto
um ornitorrinco...
Aprendendo a se encantar
com a beleza da construção
de uma frase a lapidar
ou de uma rima de uma canção...
Não há idade para começar
a arte de poetizar,
pois não há complexidade a exigir
de quem apenas quer sentir
o prazer da poesia descobrir...

Salvador, 24 de julho de 2011.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Chérie ou Cheri?


Chérie ou Cheri?

Rodolfo Pamplona Filho

Oi, Chérie!
O que tu fazes aqui?
Pensando em sair
para a vida curtir?
O tempo te fez bem,
a maturidade também...
Pronta estás para o que vem?
Oi, Cheri!
Onde vais partir?
Nunca fujas daqui!
Onde é que tu estás?
Em algum lugar capaz
de tornar o tempo fugaz?
Talvez para pensar
que ele não queira se domar,
nem seja fácil de organizar...
Chérie ou Cheri?
Pouco importa para ti,
desde que ao, este poema, ouvir,
eu consiga te fazer sorrir...


Salvador, 30 de julho de 2011.

terça-feira, 9 de abril de 2013

TAG DER DICHTUNG


TAG DER DICHTUNG

Rodolfo Pamplona Filho

Heute ist Tag der Dichtung.
Ich will alle dichten sehen.
Ich will nicht arbeiten!
Ich will nicht studieren.
Ich will kein ernster Mensch sein.

Der Richter wird nicht richten.
Der Professor wird nicht lehren.
Der Richter wird dichten.
Der Professor wird dichten.
Ich will wirklich leben.

Nur die Dichtung macht das Leben lebenswert.
Salvador, Freitag, Der Fünfzehnte Juli Zweitausendelf (15. Juli.2011).

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Oásis


Oásis

Rodolfo Pamplona Filho
Quando sinto sede,
você é a fonte;
Quando sinto frio,
você é o abrigo;
No desespero,
é horizonte;
Na sua presença,
não há vazio!

Meu oásis no deserto,
que eu quero sempre perto!
É o único seguro porto:
meu refúgio e conforto!

Na solidão,
é o meu consolo:
quem seca a lágrima e
renova o ânimo e o coro;
Na alegria,
é o meu sorriso;
Na minha vida,
é o sentido...
Salvador, 10 de julho de 2011.

domingo, 7 de abril de 2013

Arrependimento e Remorso


Arrependimento e Remorso

Rodolfo Pamplona Filho

Arrependimento
é reconhecer
que foi dado
um passo errado,
mas aprendeu com isso.
Remorso
é saber que
também errou,
mas ruminar uma culpa
que exige punição

Arrependimento
é uma situação de fato
Remorso
é um estado psicológico
Arrependimento
é didático e engrandecedor
Remorso
é destruidor e devastador

Arrepender-se
é libertar-se...
Remoer-se
é aprisionar-se...
Arrepender-se
é crescer...
Remoer-se
é retroceder

O que se quer em sua folha?
É uma questão de escolha
ou somente de determinação
do espirito ou do coração?

O que se quer para sua vida?
É conhecer a sua trilha?
Aprender com os erros
ou chorar os desmazelos?

Só com o tempo se descobre
ou se condiciona saber,
pois o que se planta é o que se colhe
e o inevitável é apenas viver...

Salvador, 13 de julho de 2011.

sábado, 6 de abril de 2013

Soneto da Sintonia


Soneto da Sintonia

Rodolfo Pamplona Filho
Descobrir a perfeição
no toque e no calor
e a perfeita identificação
do significado do amor.

Absoluta falta
de estranhamento
no mais perfeito
entrosamento.

Intimidade. Conexão.
Um age e o outro reage,
em preciso encaixe.

Estímulo. Adoração.
O símbolo efetivo da harmonia
é a mais pura e simples sintonia.

Salvador, 17 de janeiro de 2012.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sentido da Vida


Sentido da Vida

Rodolfo Pamplona Filho

O que move o ser?
O que o incomoda
a sair da sua letargia?
O que o provoca
a abandonar
sua cômoda fantasia?
Qual é o sentido
que se quer dar
ao simples ato de respirar?
Só o sonho e o desejo....
A vontade de realizar
e a meta a alcançar...
A adrenalina do perigo
e a emoção do desconhecido...
A busca efetiva
da única sensação
que somente se descobre
individualmente:
o de que se está vivo...

Salvador, 15 de julho de 2011.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tempo


Tempo

Rodolfo Pamplona Filho

Na infância,
o tempo flui
em ritmo de lesma.
Quando se cresce,
parece ser veloz
como uma gazela.
Se, no relógio, porém,
a velocidade será
sempre a mesma,
a percepção
variará em função
da carência que se sente...

O tempo não é cruel,
nem severo,
ou sequer fatal!
O que não volta
é a oportunidade
perdida no final!
Por isso, é preciso
aproveitar cada momento
que o próprio tempo
reserva, sem pressa,
para ser vivido, aproveitado
ou, no mínimo, não desperdiçado.

Tempo, tempo, tempo, tempo...
Salvador, 10 de julho de 2011.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sangue e Amor


Sangue e Amor

Rodolfo Pamplona Filho
Vezes há
em que as palavras
não são suficientes
para expressar
tudo que se passa
na mente e no coração.

Vezes há
em que é preciso
sangue
para escrever
e marcar
o momento e o lugar

Marcas de Amor
em plena luz do dia,
vendo fluir
como hemorragia...
Cumplicidade total,
em absoluto despudor...
Entrega total
em prova de amor...

Ausência de asco ou frescura
Um nova forma de ver a candura
Tenha a plena certeza e o plano
de que você não está mais morto,
quando a expressão "eu te amo"
é escrita com seu próprio corpo...


Salvador, 12 de janeiro de 2012.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Calvície


Calvície

Rodolfo Pamplona Filho

Rearrumar a franja...
Partir o cabelo do lado...
Consolar-se com uma canção
de carnaval que virou bordão...
Cremes milagrosos
Finasterida sem pudor
ou com algum receio
de afetar o time
que estava ganhando...
Desespero no banho,
ao ver as sobras
do que já foi farto...
Colocar a culpa
na testa grande
ou nos ângulos
com que o olham...
Ver, no espelho,
uma entrada
que virou atalho,
quase uma estrada
para a nuca...
Talvez você nunca
imaginou que isso acontecesse
mas ela chegou finalmente,
ainda que você não a temesse
(ou fingisse não ligar),
mas tudo tem seu tempo e lugar,
nem que seja para assumir
que a vasta cabeleira vai sumir
agora ou em algum instante,
pois todo poço seca
e, salvo se fizer um implante,
vai ter de aceitar a careca...

Salvador, 15 de julho de 2011.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Superar um Trauma


Superar um Trauma

Rodolfo Pamplona Filho


Um trauma
é uma marca
deixada por
um fato do passado,
que repercute no presente
e afeta o futuro.

Para superá-lo,
você não pode
depender de ninguém,
pois, se isso acontecer,
pode se arrepender,
já que quase ninguém
consegue servir alguém
sem se servir também.

Não que uma ajuda não agrade!
- ah, isso é verdade! -
E quando se consegue,
é como uma nova possibilidade
que se abre para quem tem vontade
de se tornar outra realidade.

Boa sorte para quem tem
coragem de enfrentar,
esperança de mudar
e perseverança para lutar
por um novo lugar ao sol
e uma nova luz no farol
de uma vida que nunca se perdeu,
mas, sim, apenas se arrependeu
por ter parado no tempo em que sofreu.


Buenos Aires, 24 de junho de 2011