O objetivo deste blog é divulgar toda a minha produção poética, sem prejuízo de continuar a ser postada também no Portal de Poesia Rodolfo Pamplona Filho (www.rodolfopamplonafilho.blogspot.com).
A diferença é que, lá, são publicados também textos alheios, em uma interação e comunhão poética, enquanto, aqui, serão divulgados somente textos poéticos (em prosa ou verso) de minha autoria, facilitando o conhecimento da minha reflexão...
Espero que gostem da iniciativa...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Balada


Balada

Ela era uma menina
Que tinha tudo para ser feliz
Inteligente e bonita,
Tivera as coisas que sempre quis
Mas havia angústia
Em seu pobre coração
E sentimentos confusos
Se misturam num turbilhão

Ah, menina bonita!

E a triste garota,
Sem motivos aparentes,
Se afastava dos amigos,
Alegando estar doente!
E a sua mente
Ia criando um muro,
Que a isolava das pessoas,
Que a tirava do resto do mundo!

Ah, menina bonita!

Se a vida é curta
E seu destino sombrio,
Na hora da luta,
Procure um caminho.
E se as portas
Não quiserem mais abrir,
Faça como eu:
Aprenda a sorrir!

Letra e Música: Rodolfo Pamplona Filho
(1988)

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Desespero


Desespero

Ninguém vai saber minhas intenções...
Ninguém vai saber minhas intenções...
...minhas intenções...

Onde é o seu lar?
Onde é o seu deserto?
Prefiro vagar
Sem destino certo
(desespero)
Ninguém vai sair daqui com vida!
Faça o que quer
Faça como quiser
Faça como puder

A vida é muito curta
E a dor é muito grande
Quando não se tem fé,
A paz é um sonho distante
Meus pés estão no chão,
Minha cabeça está na lua,
Minha família está na rua
E eu não sei o que fazer!
Um filho sem o pão
Um choro de criança
Faminta de esperança
Me faz enfrentar... a realidade!

Onde é o seu lar?
Onde é o seu deserto?
Não há saída!
Estou perdido!!!
“Meu Deus, o que fiz?”

Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música: Rodolfo Ramirez / Cedric Romano
(maio/1988)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

On Every Street


On Every Street

Rodolfo Pamplona Filho

On Every Street
I can sleep
On Every Street
I can live
On Every Street
I can be myself

I don’t need a house
to have a shelter
I don’t need a job
to have a matter
I don’t need an office
to write a letter
I’d be a louse
if I can live better

I can take a shower with the rain
I can be everywhere without pain
I can survive without a home
but I don’t like to be alone
I don’t need money to be happy
I prefer to be poor than be a sadist
Homeless, Yes!
But Never Loveless...

San Francisco, 25 de setembro de 2010, dedicado a novas amizades (Carol e Chung) e a Victor Frost...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Resolução de Vida Nova


Resolução de Vida Nova

Rodolfo Pamplona Filho

Cansei!
Resolvi lutar!
Daqui em diante,
tudo vai mudar!

Quero me relacionar
com quem me olhe nos olhos
e me identifique pelo nome,
não por um número de RG, CPF,
Cartão de Crédito, CTPS,
Passaporte ou PIS/PASEP.

Eu não quero viver
com quem me pergunta como vou
e não presta atenção na resposta;
com quem arrota uma grandeza
que não é e que não tem
(como se ter algo engrandecesse alguém...)

Eu não vou fazer mais
o que não me dá prazer,
o que não me cause risos ou lágrimas,
o que não me dê vontade de repetir,
o que não me dê frio na barriga,
o que não me faça me sentir vivo...

Eu não vou mais dinheiro guardar,
como se não fosse feito para gastar...
Eu não vou me poupar
de um sabor experimentar,
de ver um filme ou curtir um show,
ou de viajar e conhecer um lugar...

Eu não vou mais tolerar
gente mal-amada e mal-comida,
que desconta seus complexos
em que está à sua volta
como se culpados fossem
da sua esperança nascer morta...

Eu não vou mais ouvir
gente que precisa, dos outros, falar mal,
que destila seu veneno ou afia suas garras
em resenhas que não constroem nada amado:
não andarei segundo seus conselhos,
não me deterei em seu caminho, nem me assentarei ao seu lado...

Jamais esquecerei
que a história é um livro aberto,
cujas páginas, porém, não se pode voltar,
mesmo quando se quer reescrevê-las,
pois palavras proferidas são flechas desferidas,
que não voltam, mesmo quando miram estrelas...

Não deixarei anestesiar
minha capacidade de me indignar...
Não descansarei...
...até você também se empolgar...
Vou viver como sempre quis...
...minha resolução de vida nova é ser feliz!

João Pessoa, 19 de julho de 2010.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Trava-Línguas


Trava-Línguas
Rodolfo Pamplona Filho

Quando contar contos, conte quantos contos conta
e pergunte qual é o doce mais doce que o doce de batata-doce,
pois se o rato roeu a roupa do rei de roma
e o sabiá não sabia que a sabiá sabia assobiar;
se a aranha arranha a rã
e a gaivota, voando em volta, voava e virava de volta;
se o tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem,
tendo o tempo respondido pro tempo que o tempo tem o todo tempo que o tempo tem;
se mesmo que três traças tracem três trajes sem trégua
e entreguem três pratos de trigo para três tigres tristes;
por que o único verdadeiro trava-línguas é Treblebes?

Salvador, 15 de agosto de 2010

domingo, 24 de junho de 2012

Sex Appeal


Sex Appeal
Rodolfo Pamplona Filho

Desejo, libido, tesão,
amor, necessariamente, não,
talvez, no máximo, paixão,
fogo que arde, queima e não se extingue,
vontade que tira a paz,
mas acalma quando alimentada.

Demoisselle Chanel,
morangos flambados,
um Prosseco inebriante
ou uma massagem com sais...
O estímulo afrodisíaco
do perfume do sexo
e do vinho espumante que borbulha
mente, gosto e colo.

Prazerosa sensação...
Roçar pele e carne,
entrelaçar dedos e coxas,
penetrar, sem ferir,
mas, sim, completar

Entrega que se esgota no sentimento
não passa de declaração vazia...
Gozo físico abundante,
porém menor que o emocional:
somente quando dois se tornam um
é que o um só se torna pleno.

Salvador, 15 de agosto de 2010

sábado, 23 de junho de 2012

Sede de Viver


Sede de Viver

Rodolfo Pamplona Filho

Eu quero viver intensamente
como se fosse morrer de repente
sem nova chance, irremediavelmente...
Eu quero uma vida sem rotina
onde cada dia tenha a sina
de, do outro, ser diferente...

Eu quero nunca ficar sozinho,
mesmo que, alguns momentos,
eu precise estar só para pensar!
Eu quero dar atenção a todo elemento
que precisar de mim, para ajudar,
acreditando que, alguém, posso mudar!

Eu quero que minha mulher
seja simultânea mãe, parceira,
amante e companheira!
Eu quero acompanhar diariamente
o crescimento de meus filhos
e ser seu melhor amigo eternamente!

Eu quero colocar para fora
todos os sentimentos que guardo
no peito que trazem um gosto amargo!
Eu quero produzir tudo que outrora
programei, um dia, escrever,
plantar, compor, construir ou ler!

Eu quero me sentir desejado,
como nunca antes no passado,
e minha energia não sublimar...
Eu quero aprender a me vestir,
saber onde chegar e de onde vir
o que, com quem e como falar...

Eu quero fazer amor outra vez
com o desejo de quem nunca fez
e o conhecimento da experiência!
Eu quero chorar de felicidade
e sorrir na adversidade,
lutando pela sobrevivência!

Eu quero tudo isto e muito mais...
mesmo que digam que é olhar para trás,
eu não vou me importar,
pois tudo que der, eu vou fazer,
sem medo de tentar ou errar,
sem receio de me machucar,
na busca, finalmente, de saciar
minha recém-descoberta sede de viver.

Recife, 14 de janeiro de 2011.