O objetivo deste blog é divulgar toda a minha produção poética, sem prejuízo de continuar a ser postada também no Portal de Poesia Rodolfo Pamplona Filho (www.rodolfopamplonafilho.blogspot.com).
A diferença é que, lá, são publicados também textos alheios, em uma interação e comunhão poética, enquanto, aqui, serão divulgados somente textos poéticos (em prosa ou verso) de minha autoria, facilitando o conhecimento da minha reflexão...
Espero que gostem da iniciativa...

sábado, 13 de dezembro de 2014

Minha Marina


Minha Marina

Rodolfo Pamplona Filho

Minha Marina
não é morena,
nem sequer se pintou...

Minha Marina
faz de tudo,
inclusive um favor...

Pode pintar o rosto
e o sete, com gosto,
como tudo que é seu..

Marina, você já é linda
e será sempre linda
com o que Deus deu...

Com você, nunca me aborreci,
nem me zanguei...
Isso, eu posso falar...

pois quando eu chamo Marina,
só sei me alegrar...

Eu já passei por tanta coisa...
Você nem sabe o que é chorar...
Desculpe, Marina minha,
mas nunca deixarei de amar...

Praia do Forte, 04 de julho de 2011.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Soneto do Filho que ficou em casa...


Soneto do Filho que ficou em casa...

Rodolfo Pamplona Filho
Olhe para seu próprio umbigo,
sujeito que se acha o bom filho,
perdendo a capacidade de sentir
a empatia que permite e faz sorrir...

Ser o primeiro não é maturidade,
esquecendo o dom da generosidade,
sentindo-se um escravo ao fazer
aquilo que é apenas seu dever...

contabilizando-se os perdões
 e os favores dos corações,
quando a mesquinhez não mais sai,

não se permitindo celebrar
o que só existe para comemorar,
que é o retorno à casa do pai.

Salvador, 27 de janeiro de 2013.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Diagnóstico: Rotina


Diagnóstico: Rotina

Rodolfo Pamplona Filho
A rotina é inevitável
para qualquer pessoa,
mas adorá-la e desejá-la
rígida, imutável, chata...
soa patológico...

O que mata uma paixão
não é o fim do amor,
mas a falta de vibração
e de ânimo de quem
se busca amar...

A falta de vontade
de dançar, de beijar,
de fazer, de tudo,
um pouco, vivendo
pequenas loucuras...

A falta de encantamento
com a música, a cor e a poesia...
Vira falta de tesão
e de calor na alma,
na cama e no drama...

Salvador, 09 de janeiro de 2013.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

“5 Minutos”


“5 Minutos”
Discurso de Paraninfia dos Formandos Maurício de Nassau 2012.2

O que se faz em 5 minutos?
Para quem espera, parecem muitos...
Para quem fala, parece nada,
pois toda oportunidade é joia rara
para poder passar uma mensagem
a quem se propõe a uma viagem
de conhecimento da vida profissional.

E, por isso, não me levem a mal
se eu, cumprindo o esquema,
resolver fazer um poema
sobre o que se fazer
quando se tem que escolher
cada palavra ou sentimento
para cumprir rigorosamente o tempo.

Usarei, no máximo, 5 minutos, de verdade,
para, agradecido, falar nesta solenidade
e, para não ser chato ou cansativo,
serei extremamente objetivo.

Fui honrosamente homenageado
com o convite que me foi dado
de ser Paraninfo, com louvor,
de uma turma de que não fui professor.

Em 5 minutos, tudo é possível,
desde que, com disciplina incrível,
consiga-se condensar
tudo que se quer manifestar.

Em 5 minutos, cozinha-se um ovo,
descobre-se algo novo,
prepara-se o macarrão
ou perde-se a condução.

Em 5 minutos, pode-se fazer diferença,
independentemente de qualquer crença,
pois tudo pode acontecer
quando se dedica para valer...

Em 5 minutos, poder virar um jogo,
pode-se salvar alguém do fogo,
pode ser o momento da despedida
ou ser tudo que resta da vida.

Em 5 minutos, apaixona-se à primeira vista,
desenvolve-se a arte da conquista,
clama-se a Deus com todo o coração
ou, em um debate, perde-se a razão.

Por 5 minutos, atrasa-se para uma entrevista,
apaga-se, na perícia, uma pista,
dá para passar um bife no alho
ou tomar revelia na Justiça do Trabalho.

5 minutos é mais do que suficiente
para quem decide ser diferente,
para dar um beijo em seu filho no começo do dia
ou ver um sorriso que ilumina uma alma vazia.

Em 5 minutos, arrumo-me para um compromisso
- claro que, para as mulheres – não se aplica isto! –
escrevo um soneto, ouço uma canção,
vejo algo no youtube ou faço uma oração.

Em 5 minutos, tira-se uma rápida soneca,
devolve-se um livro na biblioteca,
desiste-se de uma prova,
cava-se a própria cova.

Em 5 minutos, mesmo sendo um instante,
cochila-se em uma aula maçante,
confere-se um gabarito,
vai-se do sussurro ao grito...

Em menos de 5 minutos, fiz este discurso
e vocês coroaram o seu curso.
Em menos de 5 minutos, pronunciei-me para celebrar sua vitória
e vocês passaram a fazer parte da minha história.



Escrito e Declamado em 02 de fevereiro de 2013,
no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador/BA.


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Teorias


Teorias

Rodolfo Pamplona Filho
Teorias são,
na verdade,
uma simplificação
da realidade


Salvador, 15 de janeiro de 2013.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Menarca


Menarca

Rodolfo Pamplona Filho
Venha ver!
O que?
O lindo nascer
de um novo viver
do desabrochar
do botão em flor
que já pode gerar
o seu próprio amor...
E que ninguém nos ouça,
mas, agora, a menina é
um plena e linda moça
e, em breve, será mulher...

Salvador, 22 de janeiro de 2013.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Soneto para Frida




Soneto para Frida

Rodolfo Pamplona Filho
Uma pequena criatura, de olhar esbugalhado,
correndo desesperada, com um jeito alucinado,
e que, quando está parada, fica em pose de zagueira,
aguardando sua bolinha, pronta para a brincadeira.

É a companhia que, a todos, conquista,
pois jamais haverá tempo feio,
stress ou cansaço que resista
à alegria que ilumina qualquer meio,

já que, definitivamente, nos encantou,
com seu estilo meio bossa e rock 'n' roll,
que mostra o quanto se pode ser querida,

ensinando que sempre se pode correr atrás,
na busca de constantemente viver mais,
no exemplo lindo e definitivo de Frida.

Salvador, 30 de dezembro de 2012.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Eu me divirto com minhas próprias loucuras


Eu me divirto com minhas próprias loucuras

Rodolfo Pamplona Filho
O nome da minha autobiografia
O meu estilo de vida
A minha profissão de fé
O que sou e o que me tornei
A minha perfeita definição
A minha genuína tradução
O meu verdadeiro eu
O que se define como meu
Eu me divirto com
minhas próprias loucuras...

Salvador, 15 de janeiro de 2013.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O segredo

O segredo

Rodolfo Pamplona Filho
O segredo da felicidade é
não esperar nada da vida.


Salvador, 10 de outubro de 2013, entristecido com a própria vida...