O objetivo deste blog é divulgar toda a minha produção poética, sem prejuízo de continuar a ser postada também no Portal de Poesia Rodolfo Pamplona Filho (www.rodolfopamplonafilho.blogspot.com).
A diferença é que, lá, são publicados também textos alheios, em uma interação e comunhão poética, enquanto, aqui, serão divulgados somente textos poéticos (em prosa ou verso) de minha autoria, facilitando o conhecimento da minha reflexão...
Espero que gostem da iniciativa...

domingo, 31 de dezembro de 2017

Gratidão

Gratidão
Rodolfo Pamplona Filho

Gratidão não se exige,
não se pede, nem se espera...
É presente de um coração puro,
que não vê outra forma de agir,
na memória da marca do passado
e do alívio do auxílio no desespero...

Por isso, a ingratidão machuca
como punhaladas nas costas,
como um tapa no rosto,
como uma dor fatal no peito...

O ingrato merece mais do que repúdio:
é pena de morte no coração,
que se fecha em uma ferida purulenta,
cujos bálsamos somente são
o ostracismo ou a ressurreição do perdão...

Reconhecer-se grato é o exercício da verdadeira humildade,
que é saber que, sozinho, não se consegue nada,
pois conquistas isoladas são vitórias de Pirro,
em que obter o resultado não significa necessariamente desfrutá-lo...

Gratidão é a resposta sincera
que o afeto exige por coerência!
É a marca que renova a esperança,
que não é a última que morre, posto imortal,
mas, sim, a certeza de que
ainda se pode ter fé na humanidade

Maceió, 03 de setembro de 2010

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Para um amor secreto





Rodolfo Pamplona Filho

Querido
Você nem imagina como estou ligada em você...
Você nem imagina como estou ligada a você
Eu me emociono só de pensar
em como seria maravilhoso
ouvir nossas musicas com você...

Descobrir sua essência, além da casca,
fez despertar o amor e a ansiedade de estar perto.
Quero ficar com você em meu colo, vendo o por do sol até a lua iluminar sua face...
Quero fazer um cafuné, deslizando minha mão sobre seus cabelos, ate sentir sua pele...
Quero beijar seu rosto delicadamente, ate fazer você acreditar que não está sonhando...
Quero até mesmo brigar com você, só para ter o prazer da reconciliação...

Você tem um efeito perturbador em mim...
É um sentimento forte, que toma todo meu pensamento...
que me anestesia em alguns momentos
quando imagino nossas vontades reunidas...
E a única coisa que me faz melhorar é chorar...
mas é um choro de alívio e de esperança
de que, algum dia, poderemos
rir juntos e felizes...
...apenas por estar pertos um do outro.
...e você tentar me calar...
...e eu continuar falando que nem uma matraca...
...e você rir porque se diverte comigo...
...e porque não consigo disfarçar
meu nervosismo
de ter transformado
essa fantasia em realidade...

Você é parte de mim,
não como um agente externo,
mas como um complemento de mim mesmo.
Nosso amor não tem amarras, nem barreiras...
e é como um primeiro namoro...
no qual ficamos ávidos por um contato...
na palavra e no carinho...
Não consigo mais pensar na minha vida sem ter você.

Você está fora de todo tipo de definição.
Não posso dizer que é meu amigo,
nem amante, nem ficante,
nem pretendente, nem confidente...
não há rótulos....
Não somos nada disso e, dificilmente, alguém compreenderia esta relação.
Ela está fadada a permanecer apenas na publicidade de nossas almas e corações.

É como se você fosse eu...
como se meu pensamento estivesse em você.....
Por isso que me completa....
e ninguém me entende...
então ninguém entenderia você, dessa forma, na minha vida...

San Francisco, 25 de setembro de 2010.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Ausência


Rodolfo Pamplona Filho

Saudade é o meu sangue,
meu ar, meu nome do meio.

Saudade é o som da música,
meu tempo livre, meu espelho.

Saudade é o chão que piso,
a água que bebo,
a cama que deito...

Saudade é o horizonte,
a memória perdida,
a esperança de vida...

Saudade é tudo aquilo
com que simplesmente convivo
e, no dia que deixar de sentir,
é porque não estarei mais vivo...





Abrantes, 25 de março de 2016.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Poema Maior




 Rodolfo Pamplona Filho
Onde encontrarei
o nosso Poema Maior?
Nosso Poema Maior reside no coração:
parceria, intimidade e cumplicidade!
Nosso Poema Maior
não precisa ser escrito para existir...
Ele não precisa de tinta e papel...
Nossas mãos tocam mais do que papel:
tocam corações, mentes e almas...
e esse desejo de estar junto
está fadado ao universo,
que conspira e inspira
toda nossa capacidade
de se entregar...
Nosso poema toca esperanças;
toca sonhos; toca lábios;
trocam-se sensações
que nunca antes foram sentidas...

Separados pela vida
e reunidos pelo destino,
seremos um casal
casado em espírito,
mesmo que em casas separadas...
casados no coração,
ainda que dormindo com outros amores...
casados no amor real e puro,
no qual jamais haverá divórcio...

Nunca me entreguei a alguém
como me entrego a você:
meu macho alfa, meu oásis no deserto,
minha enzima, minha fonte de vida,
o alface da minha salada...
A quem mais eu poderia
chamar assim
com tamanho amor?

Nunca fui amada
como sou com você...
e repito mil vezes:
eu te amo como
ninguém jamais te amou,
em todos e vários sentidos,
em todos os versos,
em todas as metáforas
de nosso Poema Maior.

São Paulo, 07 de outubro de 2010.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

É Preciso Viver Mais Leve



Rodolfo Pamplona Filho


Todo mundo não quer enganar, sim,
Nem todo táxi cobrará mais caro!
Há comidas que não têm gosto ruim
E, na verdade, é a maioria do prato.

E as crianças não ficarão doentes,
pelo menos não necessariamente,
se não comerem toda a comida,
ainda que não imediatamente!

Um sorriso não é uma coisa bem
tão difícil assim de esboçar,
mesmo quando não se tem
tanta prática assim a contar...

Caminhar não é idéia a desprezar,
ainda mais se desperta o apetite,
O planeta é imperfeito para morar,
mas não é assim tão triste...

Sei que parece impossível tentar,
mas consiga um dia sem reclamar
do tempo, da vida, das dores,
que só se sente porque há amores...

Pense que para não enjoar,
basta, por exemplo, variar,
pois não fazer o mesmo sempre
é o inicio de um caminho diferente.

Sei que não é assim para você...
são os outros que vêem equivocado,
mas faça um esforço para perceber
não é lógico todos estarem errados

quando simplesmente têm esperança
que você ache o prazer na dança
de curtir o prazer desta vida breve
pois é preciso viver mais leve...


Buenos Aires, 21 de junho de 2011

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

O Tempo é o Senhor da Razão




Rodolfo Pamplona Filho

Quantas vezes eu gostaria
de alterar a ordem do dia
e poder fazer de forma diferente
o que encontro no tempo presente.

Vejo como eu poderia encontrar alegria
onde, hoje, só vejo melancolia
e descobrir uma felicidade
que perdi pouco a pouco com a idade...

Será que é possível mudar
opções que fiz no caminhar
por não saber o que me esperava
ou o que na minha vida faltava...

Como eu poderia saber ou prever
que o destino reservaria novo prazer,
encontrando novo sentido no viver
e uma forma alternativa de ser...

Ainda terei coragem para novo desafio?
Ainda enfrentarei tudo com brio?
Conseguirei ser outro alguém?
Encontrarei um mundo além?

Dúvidas são uma constante
em uma mudança tão fulminante
e o receio não é uma temeridade
no encontro da essência de verdade!

Conheço o que já tenho e não é perfeito!
Sei o que quero e o que não mais aceito!
A esperança é o gás da Transformação
e o Tempo é o Senhor da Razão...

São Paulo, 20 de novembro de 2010.

domingo, 24 de dezembro de 2017

O Dia


Rodolfo Pamplona Filho

É hoje o dia!
E o sangue dá nova pulsada
como um atleta de corrida...
Será que, antes da chegada,
já será despedida?

É hoje o dia!
E a ansiedade
toma todo o corpo,
como se a vontade
aproximasse o porto...

É hoje o dia!
Mas que desespero!
A cada minuto de espera,
tenho um pesadelo
de que serei esquecido na terra...

É hoje o dia!
Tenho a esperança
de que tudo vai dar certo
toda vez que vem a lembrança
de que o momento está perto!

É hoje o dia!
Recebi a confirmação
de que não houve desistência,
o que faz meu coração
renovar sua resistência!

É hoje o dia!
É agora a hora!
Por isso, sem demora,
farei o que sempre quis:
apenas ser feliz.

Salvador, 26 de agosto de 2011.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Quando o dia termina....






Rodolfo Pamplona Filho

E o dia termina
sem teu cheiro em minha roupa...
E a noite começa
sem promessas loucas...

Mas a manhã renovará a esperança...
de te amar a cada nova dança...
Sonhando com cada oportunidade
de renovar um amor de verdade...

E a saudade invade o vento,
toma todo meu pensamento,
arrebata a minha emoção
e fulmina meu coracao...

Nutrindo meu desejo constante
de estar com você a todo instante.
Por isso, esta é a minha sina,
quando o dia termina...

Salvador, 22 de outubro de 2010, no meio do Caia Cultural.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Sorrisos



Rodolfo Pamplona Filho

Todo sorriso é um enigma
mais difícil que o da esfinge
pois não há saída: ele nos devora,
seja alegre ou seja triste!

Cada dente exposto,
cada expressão no rosto
contém uma mensagem
Cada olhar brilhante,
cada riso vibrante
transmite uma imagem

Ela sorri para mim?
Ou ela sorri de mim?
Compreender é tão difícil
quanto se espera um “sim”!
Não se sabe se um sorriso
é um beijo ou uma ironia!
Não se sabe se um sorriso
emana sarcasmo ou poesia!

Por isso mesmo,
repito sempre o lugar comum:
“Sorria sempre, mesmo
que seja um sorriso triste!
Pois antes um sorriso triste
do que a tristeza
de não saber sorrir!”

(1991)
Musicado por Iuri Lemos Vieira em 2006

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Cara de Pau



Rodolfo Pamplona Filho

O indivíduo fura a fila
e ainda reclama da bagunça;
reclama da falta de ética
e pede um cargo no serviço público;
protesta contra a corrupção
e trabalha sem nota fiscal;
fala que o serviço é ruim
e sai mais cedo da aula;
diz que ninguém presta
e esquece que faz parte do todo;
sonha com um mundo diferente
e faz tudo igual...
No final, esse tipo de gente
não passa de um cara de pau...

Salvador, 10 de agosto de 2016, assistindo a ida para a Fonte Nova...

domingo, 17 de dezembro de 2017

Sobre Ser


Rodolfo Pamplona Filho

Você não é
o que você acha que é
Você não é
o que as pessoas acham que você é.
Nem eu, nem você somos
o que a vida fez de nós dois
O que nós somos
não pode ser sabotado
por aquilo que nos tornamos



Salvador, domingo, 27 de novembro de 2016.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Combate à Acrasia


Rodolfo Pamplona

Disputa entre
Arrependimento 
e Recusa 

Tensão entre
autonomia e
consentimento.

Diálogo entre 
o "eu presente"
e o "eu futuro"

Será que todos nós 
não temos uma preferência 
por não preferir?

Sua preferência pela
não escolha
é perfeitamente honrável 

Já diria Proust:
"A atenção prende
e a rotina liberta"

Coerência é conseguir 
dar uma resposta precisa
aos casos que se enfrenta.

Nem sempre arrepender-se é
uma decisão ética,
mas, sim, animalesca.

No Contrato de Ulisses,
prevalece a decisão manifestada
sobre a liberdade de mudar o combinado.

Pode ser um ensaio clínico,
um testamento vital 
ou uma viagem à Marte,
em que a vontade de antes 
prevalece sobre a vontade do depois,
sem possibilidade de voltar atrás...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Fantasmas Insistentes



Rodolfo Pamplona Filho

Por que erros do passado
insistem em assombrar
quem já os reconheceu
ou simplesmente
se arrependeu?

Por que o mero fato
de ter pisado na bola
não sai da memória,
mesmo quando
não há possibilidade de volta?

Por que ser condenado
pelo equívoco consumado,
se não resiste qualquer desejo
de retomar o contato
com quem só lhe fez mal?

Talvez sejam os mistérios
da complexidade humana,
em que a vontade de mudança
daquilo que não tem esperança
seja a última motivação da vida...

14 de setembro de 2016, no vôo para São Paulo.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O Dia


Rodolfo Pamplona Filho

É hoje o dia!
E o sangue dá nova pulsada
como um atleta de corrida...
Será que, antes da chegada,
já será despedida?

É hoje o dia!
E a ansiedade
toma todo o corpo,
como se a vontade
aproximasse o porto...

É hoje o dia!
Mas que desespero!
A cada minuto de espera,
tenho um pesadelo
de que serei esquecido na terra...

É hoje o dia!
Tenho a esperança
de que tudo vai dar certo
toda vez que vem a lembrança
de que o momento está perto!

É hoje o dia!
Recebi a confirmação
de que não houve desistência,
o que faz meu coração
renovar sua resistência!

É hoje o dia!
É agora a hora!
Por isso, sem demora,
farei o que sempre quis:
apenas ser feliz.

Salvador, 26 de agosto de 2011.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Minha Marina


Rodolfo Pamplona Filho

Minha Marina
não é morena,
nem sequer se pintou...

Minha Marina
faz de tudo,
inclusive um favor...

Pode pintar o rosto
e o sete, com gosto,
como tudo que é seu..

Marina, você já é linda
e será sempre linda
com o que Deus deu...

Com você, nunca me aborreci,
nem me zanguei...
Isso, eu posso falar...

pois quando eu chamo Marina,
só sei me alegrar...

Eu já passei por tanta coisa...
Você nem sabe o que é chorar...
Desculpe, Marina minha,
mas nunca deixarei de amar...

Praia do Forte, 04 de julho de 2011.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Acuado, mas pensando...



Rodolfo Pamplona Filho

Preso, restrito, cercado
Verdadeiramente acuado
Sem noticias
Sem informação
Apenas a tensão
de não poder fazer nada,
mas, mesmo assim, permanecer
em um misto de apoio,
solidariedade e indignação,
não somente com os motivos,
mas com a própria manifestação...
em que o justo pleito
é verbalizado em um grito
há muito reprimido
e que não quer mais calar...
em que o pai quer ensinar
ao filho como reivindicar
e ser finalmente protagonista
de uma sociedade revista...
mas que se sente impotente
diante de quem só quer aproveitar
para vantagem tirar
ou somente barbarizar
e nos colocar a culpa...
A justa medida não é fácil,
pois a justa medida não existe
e o que é mais triste
é ver o combate não à causa,
mas às consequências
de mais de quinhentos anos
de um Estado sem Governo,
de um povo refém do medo,
de um desejo sem ação
de uma nação sem cidadão...

Aeroporto de Guarulhos, noite de 21 de junho de 2013,
tudo pensado,
literalmente parado,
em um quadrado

de espaço recuado...

domingo, 10 de dezembro de 2017

Sobre Sonhos


Rodolfo Pamplona Filho

Já dizia o filosofo:
os sonhos são os rebentos
e botões da imaginação!
Por isto, também têm o direito
de viver sua vida pura...
Sufocar ou deformar
os sonhos da juventude
é destruir a criação
e matar o criador...

Salvador, 13 de novembro de 2013, conversando com a amiga Ezilda Melo

sábado, 9 de dezembro de 2017

Tudo que preciso



Rodolfo Pamplona Filho

Eu não preciso de carros ou de cargos
Eu não preciso de cantos e encantos
Eu não preciso de casas e haras
Eu não preciso de hinos e sinos
Eu não preciso de dinheiro ou espelho
Eu não preciso de estilo ou status
Seu amor é
tudo que preciso
para ser feliz.


São Paulo, 23 de setembro de 2017.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Soneto do Overo



Rodolfo Pamplona Filho

Não importa a altura,
seja alto, médio ou baixo!
Não se trata de tamanho,
mas sim de como em encaixo!

Não se trata de beleza,
posta na cama ou na mesa!
Não se trata de formato,
mas da reação ao contato!

O definitivo segredo
do encanto do overo
é a sua interação,

pois nada nesse mundo
é tão gostoso e profundo
quanto o encaixe no tesão.


Salvador, 20 de agosto de 2017.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Sobre relações e submissões


Rodolfo Pamplona Filho

Não é senhora
Não é patroa
Não é dona

Não é senhor
Não é amor
Não é autor

Ser o bem
de alguém
está além
do que se tem
ou do que se quer...


Salvador, 23 de outubro de 2017.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Sobre Envelhecer


Rodolfo Pamplona Filho

Acho que a gente
tem que envelhecer
ao lado de alguém
que nos dê vontade de viver:
alguém que nos estimule em tudo;
alguém que seja bom estar do lado.
O bom é ter vontade
de sempre fazer mais,
de ser cada dia melhor
e ter alguém
que viaja junto.
Há gente que
nos deixa estacionado:
tanto faz mudar ou não;
vive-se um dia após outro.
Assim, tudo acaba
virando monotonia,
sem graça,
sem vida...
O bom é saber
como e com quem
envelhecer.


Salvador, 20 de agosto de 2017.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Entre Notas

Entre Notas

Rodolfo Pamplona Filho

Hã muito mais Lá
entre um Si e um Dó,
do que possam imaginar
nossas vãs filosofias!
Ou entre o Si e a Dó!
Ou entre o Lá e o Dó maior!
Ou entre o Lá distante do Sol!
Entre Si e Mi, de Ré,
sem Dó, no Sol-Fá!
Lá, distante do Sol,
existe em Mi,
um profundo Dó!
No Ré pensar
do que Fá zer,
penso em Si,
penso em Mi,
penso em nunca mais ser Sol.


Mainz, 02 de maio de 2013.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Sobre a imagem no espelho



Rodolfo Pamplona Filho

Na imagem no espelho,
vejo as roupas combinando
Na imagem no espelho,
percebo os corpos se encaixando
Na imagem no espelho,
há um momento que se eterniza
Na imagem no espelho,
a tormenta vira brisa
Na imagem no espelho,
aprendo sobre a beleza
Na imagem no espelho,
percebo a sutileza
Na imagem no espelho,
descubro com atenção
que, na imagem no espelho,
encontro a perfeição.

Salvador, 20 de agosto de 2017.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Sobre a Dor de Amar



Rodolfo Pamplona Filho

Não devia ser amor,
para sentir tanta dor...
Mas, se não fosse,
talvez nem sequer doesse....
A dor em amar
quem não estar
completo no caminhar
é algo a frustar
Muita coisa doi,
mas deve valer a pena
não querer sair de cena.
Muita coisa doi,
mas existe algo maior
que faz tudo superar!


Salvador, 20 de agosto de 2017

domingo, 26 de novembro de 2017

Sinais do Corpo


Rodolfo Pamplona Filho

Meu coração mandou dizer
que pulsa por você
Minha mente me avisou
para ir com calma
Minha pele sempre sente
falta do seu calor
Meus olhos procuram
cada detalhe de seu corpo
Meus lábios encontram
finalmente o toque dos seus
e, nesse exato segundo,
descubro a felicidade.


Salvador, 20 de agosto de 2017.

sábado, 25 de novembro de 2017

Reflexo


Rodolfo Pamplona Filho

Os olhares se cruzam
No reflexo do vidro da janela

Encontram um ao outro
Na imagem que insiste em aparecer

Descobrem seu destino
no vislumbre do que nunca sequer tocaram.

Aprendem a esperar
o dia em que o virtual vira verdade.

Salvador, 20 de agosto de 2017.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Pêndulo



Rodolfo Pamplona Filho

Só sinto alegria quando te vejo...
E entristeço quando fico longe...
Só descobri o amor quando te vi
e a solidão quando te perdi...

Sou como um pêndulo,
que oscila os lados
do humor e da vida
na tentativa de curar a ferida
de ainda não te ter só para mim.


Salvador, 20 de agosto de 2017.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Momentos de Solidão



Rodolfo Pamplona Filho

Preciso de momentos
de pura solidão,
em que todo sentimento
escapa do coração
para virar poema, lamento
ou mesmo uma canção.

Preciso de instantes
para a respiração
e saber que não é o bastante
para recuperar a inspiração,
quando seguir adiante
é a única solução

Preciso de um tempo
para organização
de todos os pensamentos
que turvam a visão
de quem não perde a esperança
de acalmar seu coração.


São Paulo, 23 de setembro de 2017.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Deixa...


Rodolfo Pamplona Filho

Deixe eu ser seu rascunho,
sua tese, sua canção
Deixa eu ser seu projeto,
seu teto, sua dissertação
Deixa eu ser o seu recorte,
sua sorte, sua afirmação.
Deixa eu ser seu TCC,
sua pesquisa, sua contribuição
Deixa eu ser sua ideia,
sua plateia, sua inspiração
Deixa eu ser a sua obra,
seu trabalho, sua construção.
Deixa eu ser sua hipótese,
seu problema, sua questão.
Deixa eu ser a sua vida,
sua guarida, sua realização.


São Paulo, 23 de setembro de 2017.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

A Diferença que faz diferença...



Rodolfo Pamplona Filho

Sabe qual é a nossa maior diferença?
Você já teve outros amores.
Eu sei que não posso apagar o seu passado.
Eu sei: essa é a sua história
Mas podemos, no presente,
reconduzir o caminho do nosso futuro...
Eu nunca disse para alguém
o que digo para você!
Nunca escrevi, nem expressei
nenhuma forma de amor!
Você é o primeiro e único da minha vida
Sabe aquela frase: eu me guardei para você?
O destino traçou esse meu caminho
e cheguei até você para ser somente sua!
Não fui a primeira, mas posso ser a última.


Salvador, 20 de agosto de 2017.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Sozinho na multidão


Rodolfo Pamplona Filho

Sozinho na multidão
pensando em como seria
se alguém o conhecesse

Sozinho na multidão
sonhando com o dia
em que a história seja outra

Sozinho na multidão
cogitando se vale a pena
tentar conhecer alguém

Sozinho na multidão
mas sem qualquer coragem
de mudar sua situação

Sozinho na multidão
na convicção de que
melhor seria não estar só.


São Paulo, 23 de setembro de 2017.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Sobre Adolescentes



Rodolfo Pamplona Filho

Eu fui
O gordinho que ninguém ligava
O cdf que era explorado
O esquisito que ninguém dava bola

Eu fui
O nerd que era excluído
O punk que era temido
O pobre que era ignorado

Jamais fui
O gostosão que todas queriam
O atleta admirado por todos
O músico virtuoso que encantava

Eu simplesmente fui
a minha visão de gente:
alguém igualzinho aos outros...
mas completamente diferente.


São Paulo, 24 de setembro de 2017.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Professor(a)


Rodolfo Pamplona Filho

Ser professor(a) é ser farol
a iluminar um caminho que,
uma vez aceso,
jamais retornará às trevas.

Ser professor(a) é ser ponte
que aproxima os distantes
e retoma o caminho
da construção do diálogo.

Ser Professor(a) é ser cornucópia
para uma fome
que ele deseja seja sempre
simplesmente insaciável.

Ser Professor(a) é ser flor
que se entrega
para ser parte do livro
da vida de alguém.

Ser Professor(a) é ser tudo isso
e muito mais:
é acreditar e saber
que o futuro de seus alunos
passa por suas mãos...

Salvador, 15 de outubro de 2017, "dia dos professores".

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O amor é confuso



Rodolfo Pamplona Filho

O amor é confuso.
Se não fosse confuso, não seria amor
Poderia ser paixão. Muito mais simples.
Paixão explode, é intensa.
Quando acalma, acaba.
Pronto, passou.

O amor é confuso.
O amor é tão confuso, que teima em viver
um tempo não vivido.
São as lembranças dos dias felizes,
um planejamento de futuro
e ainda tem o se,
aquele do futuro do pretérito.

O amor é confuso.
O amor não pensa, só sente.
Por não pensar, não tem razão.
Não é certo e nem errado.
Pode ser triste e,
no minuto seguinte,
te deixar em êxtase.

O amor é confuso.
Ficamos admirando
o objeto do nosso amor,
da nossa devoção,
embasbacados,
sem saber se partimos
ou se ficamos.

O amor é confuso.
É difícil viver com ele
É difícil viver sem ele
É impossível não querer vivê-lo.
É impossível passar por ele sem sofrer.

O amor é confuso.
Mas não vale a pena
ter vivido
se não tiver sido experimentado
pelo menos uma vez...

Salvador, 20 de agosto de 2017

domingo, 12 de novembro de 2017

O fim


Rodolfo Pamplona Filho

Não pense que algo termina,
seja uma vida, um emprego
ou mesmo um casamento,
porque outra opção surgiu.
Se for por isso,
sempre haverá
outro olhar a comparar.
Só se termina algo
porque não tem mais
como continuar.
Termina-se algo
porque as coisas mudaram,
sentimentos se transformaram,
o mundo efetivamente girou...


Salvador, 30 de setembro de 2017.

sábado, 11 de novembro de 2017

Mulher Brasileira



Rodolfo Pamplona Filho

A mulher brasileira batalha
e enfrenta a luta diária.
Ela não tem medo da vida.
Ela não tem medo de nada.
Ela não quer pena
ou condescendência:
ela só quer respeito
e consciência
para construir seu caminho
e conquistar seu espaço
Marias, Helenas,
Fernandas, Marinas,
Moanas, Cecílias,
Marianas, Luizas,
Julianas, Emilias,
Marcellas, Patrícias,
Cristianes, Renatas,
Alines, Cristinas
Todas elas guerreiras
Todas elas meninas
Todas elas mulheres
Todas elas humanas.

Salvador, 04 de agosto de 2017.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Histeria



Rodolfo Pamplona Filho

Uma multidão reunida
esperando a chegada
do amado protagonista

Olhares fascinados,
apenas vidrados
para não perder nada.

Como se algo pudesse
realmente ser perdido
em uma fração de segundo.

E chega a hora!
gritos na expectativa
e na efetiva entrada

O Culto começa:
Palavras de ordem
expressas em Canções

Palmas e Coros
Brados e Braços
levantados na Catarse

Luzes e som
em todos os lados
e em cada canto...

Na Adoração,
pouca diferença há
entre Sacerdotes, cantores
ou líderes políticos:
Tudo coopera para
a manifestação da histeria.

São Paulo, 23 de setembro de 2017, assistindo um show...


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Eu só quero que você me ame...




Rodolfo Pamplona filho

Eu só quero que você me ame...
E que não fique me batendo...
E não fique desconfiando de mim...
E não interprete cada ato meu
como se fosse algo contra você...

Eu só quero que você me ame...
Eu só quero amor somente...
E que não desconte em mim
por coisas que eu não fiz
ou nem sei o que é...

Eu só quero que você me ame...
E que não me maltrate...
E nao ache que todo comentário meu
seja uma crítica ou acusação
que exija defesa ou ser rebatida...

Eu só quero que você me ame...
Amor para sempre...
Amor pungente...
Amor fervente...
Amor decente...

Eu só quero que você me ame...
Amor urgente
Amor bem quente...
Amor somente...
Somente amor.

São Paulo, 23 de setembro de 2017.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Declaração de Paternidade



Rodolfo Pamplona  Filho

Reconhecer
a paternidade
é mostrar ao mundo
a verdade
de que todo homem
pode se projetar
além do fim
da sua própria vida.

Aceitar
a paternidade
não é capitular
de uma luta,
mas sim vivenciar
o doce sentimento
que faz superar
qualquer sofrimento.

Assumir
a paternidade
é mais que garantir
o papel passado:
é viver
o papel presente
e saber
seu papel no futuro.

Salvador, 19 de setembro de 2017.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Arquitetura de Impacto


Rodolfo Pamplona filho

Paralelas
Iluminações
Passarelas
Calçadões
Subterrâneas
Construções
Contemporâneas
Inovações

Toda mudança choca,
pois o apego à segurança
 do que se passou
(e não voltará jamais)
termina por travar
o avanço ou evolução
do que veio para ficar
e não apenas ser saudade.

Seja a pirâmide
para o Louvre
ou Chagall para o teto
da ópera de Paris,
o que é novo
gera repulsa
de quem vive a nostalgia
e não vê a realidade.

Seja no Porto
ou em Salvador,
novas tecnologias
sempre terão um opositor,
pois a essência
da resposta natural
a qualquer mudança
é a negativa total.

Mais difícil
do que transformar
é conseguir superar
a resistência,
pois nem todos percebem
que simplesmente mudar
pode ser a única forma
de sobrevivência.


Salvador, 20 de agosto de 2017.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Do Ausente aos Presentes


(Discurso como Patrono dos Formandos em Direito da UniNassau 2017.1)
Rodolfo Pamplona Filho

Do Ausente aos Presentes,
transmito a saudação
de quem queria cantar a canção,
mas não pode esperar
ver a banda passar...

Do Ausente aos Presentes,
mando um forte abraço,
daqueles que parecem um amasso,
de quem sonhou o momento
de dividir todo o sentimento.

Do Ausente aos Presentes,
registro a minha alegria
de, em excelente companhia,
ter sido homenageado
para este momento encantado.

Do Ausente aos Presentes,
lembro que patrono é
quem se conta para o que der e vier,
sendo o exemplo e o defensor
daquele que o homenageou.

Do Ausente aos Presentes,
faço a solene promessa
de que tudo que interessa
no decorrer de sua trajetória
terá minha presença compulsória.

Do Ausente aos Presentes,
agradeço a honra imensa,
verdadeira recompensa
para um magistério não presencial
de livros, palestras e mundo virtual.

Do Ausente aos Presentes,
deixo a inabalável certeza
de que mesmo não estando na mesa,
estou aqui de outra forma,
sem burlar qualquer outra norma.

Do Ausente aos Presentes,
apresento meu compromisso
de que jamais serei omisso
na caminhada a seguir


por onde o destino nos unir.

Do Ausente aos Presentes,
trago a mensagem
de que o mundo pede passagem
e que não se pode perder
a razão da sede de viver.

Do Ausente aos Presentes,
canto que é preciso
estar de sobreaviso
para as surpresas e armadilhas
que nos esperam a cada trilha.

Do Ausente aos Presentes,
ensino a derradeira lição
de que a flor sobrevive ao canhão
e de que a poesia tem mais verdade
do que todas as leis da humanidade.

Do Ausente aos Presentes,
aconselho a cuidar mais da alma,
pois tudo mais vem com calma
e o mundo é por demais cruel
com aqueles que somente fazem seu papel

Do Ausente aos Presentes,
oriento que não se deve perder
a oportunidade de dizer
que só o amor nos diferencia
de quem apenas espera o fim do dia.

Do Ausente aos Presentes,
choro o meu lamento
da impossibilidade de comparecimento
para estar na retina e na fotografia
da recordação de sua biografia.

Do Ausente aos Presentes,
espero que este poema
seja, então, a minha recordação
para guardar no ecossistema
do fundo do seu coração.

Declamado em 21 de outubro de 2017, em Salvador/BA.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Álbum de Figurinhas



Rodolfo Pamplona Filho

Como se diz a alguém
que ela não é mais o seu bem?
Como se faz para falar
que é o momento de separar?

A vida a dois
é um álbum de figurinhas...
A cola une
para ser eterno,
mas, com força,
dá para retirar...
mas sempre fica um pouco
do álbum na figurinha
e da figurinha no álbum...

Como se comunica
não se querer mais dividir a vida?
Como se rompe
o que era para sempre?

A vida a dois
é um álbum de figurinhas...
O tempo esmaece
o que era vivo e viçoso
e o que já foi muito gostoso
pode continuar assim
ou mudar o tom
para um quadro sem cor
ou um filme sem som...

A vida a dois
é um álbum de figurinhas...


Praia do Forte, 8 de setembro de 2017.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A Loirinha do Show



Rodolfo Pamplona Filho

Lábios vermelhos de batom
Cabelos longos como um cometa
Corpo balançando com o som
Olhos azuis como bola de gude

Roupa preta para combinar
com a pele Branca a ostentar
uma tatuagem de uma rosa
como a pedir um cheiro

Rebola como uma deusa
Grita como uma louca
Chora como se sofresse
Canta como se a ouvissem no palco

Um corpo torneado na academia
Um sorriso que derruba um exército
Pernas que parecem dois colossos
E uma boca que causa alvoroço

Eu nunca vou saber seu nome
Eu nunca vou segurar sua mão
Mas vou lembrar em cada sonho:
a loirinha do show...

São Paulo, 24 de setembro de 2017.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Resolução de Vida Nova


Rodolfo Pamplona Filho

Cansei!
Resolvi lutar!
Daqui em diante,
tudo vai mudar!

Quero me relacionar
com quem me olhe nos olhos
e me identifique pelo nome,
não por um número de RG, CPF,
Cartão de Crédito, CTPS,
Passaporte ou PIS/PASEP.

Eu não quero viver
com quem me pergunta como vou
e não presta atenção na resposta;
com quem arrota uma grandeza
que não é e que não tem
(como se ter algo engrandecesse alguém...)

Eu não vou fazer mais
o que não me dá prazer,
o que não me cause risos ou lágrimas,
o que não me dê vontade de repetir,
o que não me dê frio na barriga,
o que não me faça me sentir vivo...

Eu não vou mais dinheiro guardar,
como se não fosse feito para gastar...
Eu não vou me poupar
de um sabor experimentar,
de ver um filme ou curtir um show,
ou de viajar e conhecer um lugar...

Eu não vou mais tolerar
gente mal-amada e mal-comida,
que desconta seus complexos
em que está à sua volta
como se culpados fossem
da sua esperança nascer morta...

Eu não vou mais ouvir
gente que precisa, dos outros, falar mal,
que destila seu veneno ou afia suas garras
em resenhas que não constroem nada amado:
não andarei segundo seus conselhos,
não me deterei em seu caminho, nem me assentarei ao seu lado...

Jamais esquecerei
que a história é um livro aberto,
cujas páginas, porém, não se pode voltar,
mesmo quando se quer reescrevê-las,
pois palavras proferidas são flechas desferidas,
que não voltam, mesmo quando miram estrelas...

Não deixarei anestesiar
minha capacidade de me indignar...
Não descansarei...
...até você também se empolgar...
Vou viver como sempre quis...
...minha resolução de vida nova é ser feliz!

João Pessoa, 19 de julho de 2010.

domingo, 22 de outubro de 2017

Renascendo das Cinzas (soneto)


Rodolfo Pamplona Filho

Como é bom experimentar
a paz e o imenso prazer
de, depois de muito chorar,
no meio das cinzas, renascer...

Se é certo que, após a tempestade,
o sol resplandece mais claro
e que, chegada a maturidade,
o tempo se torna mais caro,

não há melhor sensação
do que se descobrir vivo,
forte, disposto e ativo,

para cantar nova canção
e, tal qual Fênix pulsante,
gozar, da vida, cada instante.

Praia do Forte-Iberostar, 10 de março de 2012.

sábado, 21 de outubro de 2017

Sobre Traumas


Rodolfo Pamplona Filho

Com sinceridade e amor,
digo, sem pudor:
nao se apaga o que se viveu.
Se o trauma ocorreu,
é preciso enfrentá-lo,
sem menosprezá-lo,
com coragem e candura,
assumindo nova postura,
sem temer a luta
ou a força bruta,
para aproveitar o presente,
sem medo ou receio,
e enfrentar o amanhã iminente,
independente do meio
ou do instrumento
que se use, de verdade,
para cessar todo lamento
e vencer a vulnerabilidade.
Para superar um trauma,
é preciso renovar a alma,
sabendo que a tristeza
é normal em qualquer mesa,
mas que o mais importante
é saber caminhar adiante,
pois uma alegria está defronte
a você, em um novo horizonte,
que somente vai achar
quem resolver a vida encarar...

Praia do Forte-Iberostar, 11 de março de 2012.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

GILDETE



GILDETE

Rodolfo Pamplona Filho

Gente muito boa e competente
Inteligente e diligente
Ligeira, tenaz e cuidadosa
Deus mandou para nos abençoar
Ela é absolutamente DEZ
Topa tudo todo tempo toda vez
Ela é Gildete, nosso anjo particular.

Praia do Forte, 20 de fevereiro de 2012.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Provar a Dor



Rodolfo Pamplona Filho 

Ver-te no provador
é provar a dor
de não ter-te,
mas entreter-te
para provar que a dor
verte a cada ver-te
sem ter-te,
na vertente
de ter uma prova
de que serei só teu.

Salvador, 06 de abril de 2017.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Carinho



Rodolfo Pamplona Filho

Preciso demais
Preciso de mais
Preciso de monte
Preciso para ontem...
Preciso para frente...
Preciso para sempre...
Preciso loucamente
Preciso serenamente
Preciso não ser mais sozinho
Preciso imensamente de carinho.

Salvador, 31 de julho de 2012.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Trabalho denso, tenso e intenso


Rodolfo Pamplona


Densidade
como algo cada dia
mais profundo,
em que se cai
sem saber se e quando
se alcança o fundo.

Tensão
como algo que não desliga,
pois, a cada momento,
tudo pode mudar
com um acidente, uma chamada
ou um novo elemento.

Intensidade
como algo que nunca cessa,
pois a opressão
castra a iniciativa,
limita a perspectiva
e cala a opinião.

É preciso aprender
a finalmente sobreviver
à benção convertida em maldição,
ao prêmio que virou castigo
do trabalho denso,
tenso e intenso

São Paulo, 21 de junho de 2016.