O objetivo deste blog é divulgar toda a minha produção poética, sem prejuízo de continuar a ser postada também no Portal de Poesia Rodolfo Pamplona Filho (www.rodolfopamplonafilho.blogspot.com).
A diferença é que, lá, são publicados também textos alheios, em uma interação e comunhão poética, enquanto, aqui, serão divulgados somente textos poéticos (em prosa ou verso) de minha autoria, facilitando o conhecimento da minha reflexão...
Espero que gostem da iniciativa...

domingo, 11 de novembro de 2018

Hitler, meu filho!





Se eu pudesse
Voltar atrás
E tentasse alterar
O meu passado,
Meu espírito teria paz
E meu destino seria mudado?
Se eu tivesse abortado meu filho,
Minha agonia teria fim?
Que seria do meu próprio íntimo,
Se eu matasse um pedaço de mim?

Gerei em meu útero
Um anjo louco
E nas minhas veias,
Eu me dei para ele,
Mas todo o sangue foi pouco
Para matar sua sede!
O meu corpo era árvore da vida,
Mas meu fruto semente da dor!
Como dói essa minha ferida
De não ter ensinado o amor!

Quantos inocentes
Sofreram por sua mão?
Quantas crianças
Por sua causa, morreram em vão?
Quantas crianças,
Pelo seu ódio, morreram em vão?

Amor materno
Com repúdio!
Sanidade mesclada
Com distúrbio!
Será que eu devia
Ter dito Não?
Será que eu devia
Ter dito Não?
Não!
Não!
Pois até os carrascos têm uma mãe!
... até os carrascos têm uma mãe!

(1991)
Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música: Jorge Pigeard

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