Podar é direcionar,
cerceando galhos
que não interessam.
Lapidar é desnudar,
descobrindo a essência
que explica a existência.
Podar é amestrar,
incutindo valores
que se toma como essenciais.
Lapidar é educar verdadeiramente,
mostrando as consequências
possíveis de cada opção.
Podar faz a planta
virar obra de arte
do paisagismo de sua estética.
Lapidar transforma
a pepita em diamante,
revelando o que já existia.
Tanto podar, quanto lapidar
mostram o enorme potencial
do objeto que se aperfeiçoa.
Isto, por si só,
não é algo digno de dó,
mas, sim, de louvor...
Mas há uma diferença fundamental
que afeta o resultado final:
Se podar é cultivar
a beleza que se quer,
lapidar é cuidar
do conteúdo que se é.
Salvador, 23 de outubro de 2011.
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