A vida me contemplou
com filhos maravilhosos,
tanto no sangue,
quanto no coração!
Isso se dá, com fé,
pois, definitivamente,
a paternidade não é
uma biologia permanente.
É muito mais do que isso:
é uma eleição de paradigma
de quem assume o compromisso
de não ser um enigma.
Apadrinha-se, torna-se companheiro,
confidente, ombro amigo e parceiro.
Comemora-se junto, chora-se também,
da verdade biológica, vai-se além...
A paternidade por adoção afetiva
honrou-me com um carinho
que nem todos têm na vida...
que não se compreende sozinho...
mas que é a prova mais dura
de que pessoas podem se amar
e se entregar de forma pura,
sem qualquer outro interessar,
como deveria ser, aliás,
em qualquer verdadeira relação
de um afeto que não volta atrás...
de uma escolha consciente de devoção.
Aracaju, 07 de outubro de 2010.
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