O objetivo deste blog é divulgar toda a minha produção poética, sem prejuízo de continuar a ser postada também no Portal de Poesia Rodolfo Pamplona Filho (www.rodolfopamplonafilho.blogspot.com).
A diferença é que, lá, são publicados também textos alheios, em uma interação e comunhão poética, enquanto, aqui, serão divulgados somente textos poéticos (em prosa ou verso) de minha autoria, facilitando o conhecimento da minha reflexão...
Espero que gostem da iniciativa...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Pranto Oceânico


Pranto Oceânico

Vidas sem rumo, seres do mar
Seu destino está traçado no ar
Nas praias, anjos encalhados
Vossos lares, nossos lares
(Homem no mar!)

Restos mortais do que era vivo
São compreendidos e esquecidos
Com ganchos e arpões, seres ternos
Se tornam vítimas da jornada do inferno

Predadores à solta, inocentes à disposição
Vítimas do holocausto, dessa situação
Indiscriminadamente, nossos seres serão
fadados eternamente à total destruição

Vidas sem rumo, seres do mar
Seu destino está traçado no ar
Nas praias, anjos encalhados
Nossos lares, nossos lares
(Homem no mar!)

Golfinhos...
... massacrados
Focas...
... estraçalhadas
Pingüins...
... destroçados
É isto que queremos?
Este é o mundo em que vivemos!



Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música: Cedric Romano, Marcos Ikeda e Rodolfo Pamplona Filho
(1988)

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Existe um carta famosa de autoria de um Cacique de Seattle, que todo mundo já deve ter ouvido falar e ela aborda um pouco de física quântica, de que o universo é um só e, sendo assim, o que o que o homem fizer contra a natureza se voltará contra ele mesmo, já que ele é parte dessa mesma natureza.

    Aqui vai um trecho que achei interessante: "O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra".

    A falta de educação e de consciência global sobre o nosso papel no mundo é que causa tanta degradação ambiental. Vivemos (eu me excluo, pois não sou nem um pouco consumista) para consumir, segundo Eduardo Galeano - em "De pernas para o ar: a estória do mundo ao avesso"- , pois o consumo faz com que as pessoas excluídas socialmente se sintam parte do mundo e sejam vistas. Segundo ele, os meninos pobres são tratados como lixo, para que nunca se esqueçam de que são lixo e os meninos ricos são tratados como dinheiro, para que nunca se esqueçam de que são dinheiro. Assim, chegamos à clara conclusão de que a sociedade capitalista prega o ter. o comprar e com eles, o degradar, o desejar sempre mais o supérfluo e nessa lógica perversa e cíclica, quem não tem não existe.

    A solução, passa pela conscientização através da educação e dos milagres que para Deus não são impossíveis (já começo a pensar em milagres, uma vez que órgãos responsáveis não estão fazendo seu trabalho como deveriam).

    A solução passa principalmente por uma mudança de mentalidade do homem para olhar com um pouco mais de humanidade o próximo. Quem não respeita gente, vai respeitar a fauna, a flora, a natureza? Claro que não.

    Podemos fazer a nossa parte sendo menos consumistas, reutilizando, reaproveitando, reciclando e exigindo essa conduta das empresas com quem contratamos, não jogando lixo na praia nem na rua, evitando o desmatamento e representando às autoridades, como o MP, acerca de condutas maléficas ao meio ambiente, uma vez que fazemos parte dele. E rezar para que toda comunidade se una e passe a fazer valer seus direitos e exigir que as autoridades cumpram seu papel constitucional. O resto é entregar a Deus. Infelizmente ou felizmente (por ainda termos ele para recorrer).



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    1. Poxa, confesso que estou feliz e impressionado com a profundidade dos comentários deste post...
      Fiquem à vontade sempre, amigas!
      Abraços nas duas,
      RPF

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