Eu não rifo meu coração.
Dele, não faço leilão.
Meu coração não se rifa,
porque ele não é meu!
De quem mais ele seria,
se não seu?
Meu coração é
muito mais importante
que meu corpo,
que é apenas uma parte,
nem de longe a mais relevante
e que não se confunde com o todo.
O meu corpo não é rifado,
mas, sim, disponibilizado,
em um comodato necessário
exercendo quase uma função social,
ao satisfazer um instinto animal
e também de curiosidade científica.
E assim vou vivendo
e também aprendendo
a saber separar
o aproveitar e o amar,
o simples dar e o entregar,
o curtir e o se permitir,
o prazer e o viver...
Salvador, 12 de dezembro de 2011.
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