Rodolfo Pamplona Filho
Ter a angústia como companheira
é viver mais das faltas
do que das presenças
Ter a angústia como companheira
é acreditar mais na previsão do tempo
do que no céu lá fora
Ter a angústia como companheira
é perder a alegria e a vibração,
por causa do que não pode ser mudado
Ter a angústia como companheira
é não experimentar por medo
do que pode sentir...
Ter a angústia como companheira
é querer viver em outro mundo
em vez de reconstruí-lo pouco a pouco.
Ter a angústia como companheira
é não aproveitar o tempo que resta
enquanto se espera pelo inevitável fim.
No avião para Brasília, em conexão para Vitória, 21 de agosto de 2015
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