Rodolfo Pamplona
nunca teve medo
de andar sozinha
em uma rua escura
A Mulher que habita em mim
não ficou horas deitada
chorando
com cólica menstrual
A Mulher que habita em mim
nunca precisou sorrir
diante de um gracejo
ou cantada agressiva
A Mulher que habita em mim
não precisa provar
que consegue trabalhar mais
e melhor, "apesar de ser mulher".
A Mulher que habita em mim
nunca se sentiu agredida
com um olhar,
uma palavra
ou um gesto de condescendência.
A Mulher que habita em mim
é insensível.
A Mulher que habita em mim
é um homem.
27 de dezembro de 2016, em direção a Ilhéus.
Muito bom kkkk quem lê conclui com o eu poético ao fim em tom alto que nunca o poeta fora mulher !
ResponderExcluirEssa é a grande interrogação... ou certeza?
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