As ondas quebram,
espalhando-se abundantes
por todos os lados.
O barco balança
como um brinquedo
nas mãos de uma criança.
Em nada ajuda
saber que o mar é sepultura
de infindáveis criaturas.
Parece inevitável
sentir o gosto
da água salgada.
O enjôo vem
e se busca o controle
para não desabar.
O medo se mistura
com a maresia
em um sentimento único.
O tempo passa
e a esperança de pisar terra firme
é a bússola a orientar.
Até que vem a calmaria
e a paz volta a reinar
depois do desbravar do mar.
Gansbaai, 14 de setembro de 2015 (complementada em Joanesburgo, 17 de setembro de 2015, e finalizada em pleno vôo para São Paulo, 18 de setembro de 2015).
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