O amor é confuso.
Se não fosse confuso, não seria amor
Poderia ser paixão. Muito mais simples.
Paixão explode, é intensa.
Quando acalma, acaba.
Pronto, passou.
O amor é confuso.
O amor é tão confuso, que teima em viver
um tempo não vivido.
São as lembranças dos dias felizes,
um planejamento de futuro
e ainda tem o se,
aquele do futuro do pretérito.
O amor é confuso.
O amor não pensa, só sente.
Por não pensar, não tem razão.
Não é certo e nem errado.
Pode ser triste e,
no minuto seguinte,
te deixar em êxtase.
O amor é confuso.
Ficamos admirando
o objeto do nosso amor,
da nossa devoção,
embasbacados,
sem saber se partimos
ou se ficamos.
O amor é confuso.
É difícil viver com ele
É difícil viver sem ele
É impossível não querer vivê-lo.
É impossível passar por ele sem sofrer.
O amor é confuso.
Mas não vale a pena
ter vivido
se não tiver sido experimentado
pelo menos uma vez...
Salvador, 20 de agosto de 2017
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