... e percebi, finalmente, que estava dormindo!
Dormindo não o sono dos justos,
dos exauridos pelo esforço de se manter vivo
e sim o sono dos puros
que, em sua inocência, vivem o sonho
e sonham o real
Hoje, eu acordei...
... e olhei nos olhos do mundo com olhos de autista
(anjos barrocos em poemas simbolistas)
contando um todo e vendo uma parte,
cantando canções pela metade...
Hoje, eu acordei...
... e tenho medo como criança pequena
de se descobrir vivo num mundo de máscaras,
de ter acreditado que viver era bom...
Hoje, eu acordei...
E pena!!!
Acho que nunca mais vou dormir...
(Salvador, 02 de janeiro de 1992)
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