Se eu morrer amanhã,
não vão dizer que eu não tentei
aproveitar cada momento
e cada oportunidade
como se fosse a última
(até isso virar verdade...)
Se eu morrer amanhã,
não vão dizer que eu não lutei
para romper com a anestesia
do marasmo do dia-a-dia
e da mediocridade da acomodação
(até isso virar normal...)
Se eu morrer amanhã,
não vão dizer que eu não amei
cada pessoa com quem convivi,
fazendo com que cada encontro
fosse mais do que um simples bom dia
(até isso virar adeus...)
Se eu morrer amanhã
não vão dizer que eu não vivi
buscando poesia em cada palavra,
buscando amor em cada olhar,
buscando paz em cada lugar
(até isso virar passado...)
Salvador, 15 de setembro de 2010.
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