Na pandemia,
abusa-se um pouco
de um tudo:
seja da paciência,
do álcool
ou da decência...
Mas não há
como negar
o imenso prazer
de aprender a sorver
o vinho que simboliza
o sangue de Cristo
ou a essência da vida!
Um cálice
sempre é bom
para perder o juízo
e recuperar o prejuízo
de ficar isolado
sem perspectivas:
parado!
Provar até morrer
Ou começar a viver
para ter o prazer
de finalmente conhecer
vinhos de todo tipo,
brancos ou tintos,
com espaço para o rosé
para tudo embevecer.
Seja caro ou barato,
simples ou sofisticado,
o vinho é a melhor herança
que se deixa de lembrança
para quando a estrada acabar
ou não houver mais rolhas a guardar.
E, de tanto viver,
e também de beber,
ao final do traçado,
não desejo ser enterrado
ou sequer cremado:
na minha atual condição,
sem qualquer hesitação,
meu destino traçado
é ser engarrafado!
Salvador, 28 de junho de 2020.
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