Decrepitude
Incorporada
Rodolfo Pamplona Filho
Comportar-se como um doente
sem ter sequer um passado...
Achar ter visto o suficiente
sem ter olhado para o lado...
Sentir o peso dos anos
que nem sequer passaram...
Abdicar de fazer planos
pois os sonhos abandonaram...
Reclamar de dores
que nunca efetivamente sentiu
ou senti-las mais como fruto
de uma sugestão psicológica...
Resmungar pela vida,
barulho ou comida,
nunca havendo o que realmente
agrade sua vontade inclemente,
que somente nasceu
para, de tudo, se queixar,
em uma postura que cedeu
a sentimentos que não voltam mais,
lembrando-se do tempo de seus pais,
como se pudesse ter vivido atrás...
É o prazer de ser rabugento...
É o conforto de ser um tormento...
É sentir-se menos que nada...
É a decrepitude incorporada.
sem ter sequer um passado...
Achar ter visto o suficiente
sem ter olhado para o lado...
Sentir o peso dos anos
que nem sequer passaram...
Abdicar de fazer planos
pois os sonhos abandonaram...
Reclamar de dores
que nunca efetivamente sentiu
ou senti-las mais como fruto
de uma sugestão psicológica...
Resmungar pela vida,
barulho ou comida,
nunca havendo o que realmente
agrade sua vontade inclemente,
que somente nasceu
para, de tudo, se queixar,
em uma postura que cedeu
a sentimentos que não voltam mais,
lembrando-se do tempo de seus pais,
como se pudesse ter vivido atrás...
É o prazer de ser rabugento...
É o conforto de ser um tormento...
É sentir-se menos que nada...
É a decrepitude incorporada.
Puerto Varas-Chile, 02
de julho de 2012.
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