Sentimento
Inominado
Rodolfo Pamplona Filho
Vivo constantemente
um sentimento inominado
ao tentar entender
se falo para o lado
certo do cérebro amado
Há muito constatei
que o lado esquerdo,
que serve para a lógica,
matemática e coerência,
é visivelmente retardado
Já, literalmente, por outro lado,
o direito, que é reservado
para a sensibilidade,
interpretação e poesia,
é, sem dúvida, super-dotado
E assim vou vivendo,
na inconstância do momento,
sem saber se o que digo
é o inicio da solução
ou a causa da confusão.
Se o lado esquerdo
controla a linguagem
e a razão, como viver
para, um dia, saber
onde guardo minha emoção?
Se o lado direito
é bom em reconhecer rostos,
o que seria de quem
perde o adolescente poder
de julgar pela aparência?
Se o lado esquerdo
detecta o presente
e racionaliza o lugar no universo,
o lado direito é onisciente
e onipresente em qualquer verso.
Por isso, o esforço em entender
se mistura com o prazer
de simplesmente conviver,
a cada dia, com cada lado
do chamado sentimento inominado.
um sentimento inominado
ao tentar entender
se falo para o lado
certo do cérebro amado
Há muito constatei
que o lado esquerdo,
que serve para a lógica,
matemática e coerência,
é visivelmente retardado
Já, literalmente, por outro lado,
o direito, que é reservado
para a sensibilidade,
interpretação e poesia,
é, sem dúvida, super-dotado
E assim vou vivendo,
na inconstância do momento,
sem saber se o que digo
é o inicio da solução
ou a causa da confusão.
Se o lado esquerdo
controla a linguagem
e a razão, como viver
para, um dia, saber
onde guardo minha emoção?
Se o lado direito
é bom em reconhecer rostos,
o que seria de quem
perde o adolescente poder
de julgar pela aparência?
Se o lado esquerdo
detecta o presente
e racionaliza o lugar no universo,
o lado direito é onisciente
e onipresente em qualquer verso.
Por isso, o esforço em entender
se mistura com o prazer
de simplesmente conviver,
a cada dia, com cada lado
do chamado sentimento inominado.
Salvador, 09 de junho
de 2012.
Meus aplausos a mais esse poema.
ResponderExcluirNossa confusão mental, ás vezes nos arrasta para o abismo.
Nada melhor do que o equilíbrio, pra driblar as inconstâncias e oscilações entre a emoção e a razão.
Aproveito pra te pedir uma gentileza: seria possível eu ter acesso ao seu poema sobre o "Fim do Amor"?
Aquele que você leu na aula show que fez em Curitiba????
É que como não tenho certeza do título, e também não sei se está disponível aqui no blog, preferi pedir direto, rsrsrsrsr.
Bjs.:
Sil
http://meusdevaneiosescritos.blogspot.com.br/
Olá, Silvana!
ExcluirPoxa, fico muito feliz em perceber que você captou a idéia que quis passar com este poema!
Quanto ao poema "O Fim do Amor", ele está aqui no blog também! Uma forma mais fácil de descobri-lo (bem como de todos os demais poemas que recitei na "palestra cantada") é acessar o marcador "Ilustrando Palestras" ali do lado direito do blog! Confira lá!
Beijos,
RPF