Rodolfo Pamplona Filho
O que fazer
quando ainda se ama um certo alguém,
mas este alguém
não é mais quem se quer?
Por que quando se pensa
estar pisando em terreno firme,
o chão desaparece sob seus pés
tal qual areia movediça?
Por que não se contentar
com a comodidade de um amor tranqüilo
com gosto de fruta mordida?
Por que ansiar pelo risco,
pelo arrepio, pelo suspiro,
pelos sobressaltos da vida?
Porque no dia em que o conforto superar a adrenalina
em que a inércia superar o suor
em que o mundo parar ao meu redor
provavelmente, eu estarei morto...
Salvador, 27 de novembro de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário