Todo mundo tem seus coelhos:
alguns são pequenos como pulgas,
outros têm o tamanho de nossos medos
e causam nossas primeiras rugas.
Coelhos maiores que elefantes,
que não é possível esconder...
Coelhos que castram amantes
em momentos de constranger...
Tal qual o ditado com Mateus,
quem pariu o seu, que o balance
e não transfira para outros, os seus
receios de cair em transe...
por não conseguir ser mais leve...
por não perceber que a vida é breve...
por perder a oportunidade única
de trocar a velha túnica
que o limita ao mesmo papel,
não permitindo novas sensações,
na auto-condenação a uma Babel
de reviver velhas frustrações...
Salvador, madrugada de 13 de fevereiro de 2011.
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