Rodolfo Pamplona Filho
Procuro pelos heróis
que povoaram minha infância
e que velavam por nós
nas nossas lembranças...
Mas como considerar relevante
alguém com roupa colante,
quando se tem de passar
por um detector de metais,
para ir à escola, viajar
ou apenas se sentir em paz?
Como encontrar inspiração
quando os visionários reais
tiveram como retribuição
balas, um enterro e nada mais?
Será que tenho abrir mão
dos sonhos da imaginação,
pagando o alto preço
de ter de usar o pretexto
de que buscar a segurança
é perder a esperança
de que um Deus irá me proteger
para simplesmente compreender
que não há mais nada a fazer,
senão cada dia viver,
cuidando apenas de mim,
até o inevitável fim...
Campinas, 15 de novembro de 2015, no voo de volta a Salvador, meio desiludido com o mundo e a vida...
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