Rodolfo Pamplona Filho
É fácil impressionar os incautos
com linguagem gongórica nos autos,
repleta de neologismos
e recheada de estrangeirismos...
Arrotar uma cultura
que, definitivamente, não é pura
e que é impossível conquistar
em apenas uma vida a estudar...
Palestrar como se estivesse em ação
verdadeiramente em masturbação,
em busca solitária de prazer fútil
sem criar algo concreto ou útil...
Falar autores que ninguém ouviu falar
e escrever textos que ninguém lerá...
ou, se lerem, não entenderão,
já que não foram feitos
para ser compreendidos pela razão...
Manifestar seu pensamento
como se fosse o ressoar lento
da palavra sagrada de um Deus
tão arrogante que precisa dos seus
servos para bajulação no universo
e vitimas para seu sadismo perverso...
Tudo isso se vê e se sente
em muitos e diversos ambientes,
mas é quase onipresente
em todo ser vivente,
que, por estar há muito ausente,
esqueceu o que é ser inteligente.
Salvador, 10 de dezembro de 2010.
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