Rodolfo Pamplona Filho
Estamos em setembro de 2016
e não sabemos o limite da escassez.
Vivemos em um tempo de incertezas
do que sai da urna ou se tem na mesa,
na luta diária pelo que comer
ou simplesmente por sobreviver.
Estamos em setembro de 2016
e não sabemos o limite da sensatez
do que seja golpe ou exercício democrático,
do clamor ético ou chamado carismático,
na profunda vontade de compreender
se ainda ha um caminho a percorrer.
Estamos em setembro de 2016
e não sabemos se há limite na estupidez.
Vivemos tempos de bipolaridade
no sobrepujar da mídia sobre a verdade,
no poder da Informação ou manipulação
para linchamento de qualquer reputação.
Estamos em setembro de 2016
e não sabemos o limite da embriaguez
de quem comeu melado e se lambuzou,
de quem todos os pudores ultrapassou,
propugnando por proteção ou flexibilização,
com a simples máscara da modernização.
Estamos em setembro de 2016
e não sabemos o que o futuro nos fez.
Não sabemos o destino insondável
reservado para o nosso presente criança...
Ainda assim, o nosso único direito inalienável
sempre foi, é e será o de ter esperança.
Ilhéus, 23 de setembro de 2016.
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